Na Marcha a Brasília, prefeitos cobram aumento do FPM

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09/05/2016 18h12

Na Marcha a Brasília, prefeitos cobram aumento do FPM

Mobilizados desde ontem (9) durante a XIX Marcha à Brasília em Defesa dos Municípios, prefeitos de todo o País vão cobrar do Congresso Nacional, entre outros pontos, o aumento do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) para 23,5% do total das receitas do IR (Imposto de Renda) e do IPI (Imposto sobre Produtos Indistrializados).

A comitiva dos prefeitos de Mato Grosso do Sul é liderada no movimento municipalista pelo presidente da Assomasul, Juvenal Neto (PSDB).

A mudança consta da PEC 215/2016 (Proposta de Emenda à Constituição), apresentada pelo deputado, Hildo Rocha (PMDB-MA), na última quinta-feira (5), e representa acréscimo de R$ 3,8 bilhões no repasse do FPM.

A matéria, que deve ter admissibilidade proferida pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, altera o artigo 159 da Constituição Federal de 1988. Assim, o texto deve vigorar com a seguinte partilha: do produto da arrecadação dos impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados, 51% serão repassados ao FPE e FPM. Deles, 22,5% vão para os Estados e 23,5% para os Municípios.

De acordo com a justificativa da PEC, a mudança deve amenizar a difícil situação financeira vivida pelos Municípios brasileiros e pela inconstância dos recursos oriundos de transferências constitucionais.

O texto também faz referência ao aumento das competências, que resulta em desequilíbrio entre as três esferas, e as desigualdades existentes na distribuição da arrecadação. “Em média, os Municípios ficam com somente 24% do bolo tributário, os Estados ficam com 27% e a União com o restante do bolo, além de toda receita oriunda das contribuições que não precisam ser distribuída aos Entes subnacionais por disposição constitucional”, diz a PEC.

Dados

Ainda, de acordo com a matéria, se a proposta já estivesse em vigor, o FPM seria de R$ 91,4 bilhões este ano, o que corresponde a 23,5% da arrecadação dos Impostos de Renda e Sobre Produtos Industrializados e (IR e IPI).

“Com o percentual atual, se fossem acrescentados os repasses extras de 1%, o montante do Fundo chegaria a R$ 94,8 bilhões. Com a validação da PEC, todo do Fundo todo, incluindo os valores dos 1%, atingiria o patamar de R$ 98,7 bilhões”, expõe a justificativa da proposta.

Composta por três páginas, a PEC apresenta tabela com a partilha dos valores do FPM entre os Estado brasileiros, com a modificação. Também propõe aumentar o FPE de 21,5% para 22,5% da arrecadação do IPI e do IR. Assim, o montante destinado aos Estados passaria de R$ 83,6 bilhões para R$ 87,5 bilhões.

Prefeito de Nova Alvorada do Sul e, presidente da Assomasul, lidera o grupo de prefeitos do MS na Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios (Foto:Divulgação)