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“Não renunciarei”, diz Temer em pronunciamento

Publicado em 18/05/2017 15h16

“Não renunciarei”, diz Temer em pronunciamento

Temer acabou de realizar o pronunciamento, enfatizando que não renunciará ao cargo.

Da redação

O presidente, Michel Temer, diz que não vai renunciar ao cargo, depois das últimas divulgações, acrescentando que o seu compromisso é com o Brasil. Em relação à investigação aberta pelo Supremo Tribunal Federal exige rapidez: “Exijo investigação plena e muito rápida.”. Opronunciamento foi na tarde desta quinta-feira (18).

Michel Temer, diz que “só fala agora” porque tentou conhecer o “conteúdo das gravações que me citam”. Temer pediu o acesso aos documentos, mas diz que até agora ainda não conseguiu.

“Quero deixar muito claro que o meu governo viveu nesta semana o seu melhor e pior momento”, diz Temer, falando sobre os números positivos da economia e emprego. Estes “criaram esperança de dias melhores”, refere o presidente.

“Ontem, contudo, a revelação de conversa gravada clandestinamente trouxe de volta o fantasma de crise política de proporção ainda não vista”, alega, dizendo que todo o esforço pode acabar por ser inútil.

“Em nenhum momento autorizei que pagassem, a quem quer que seja, para ficar calado. Não comprei o silêncio de ninguém”.

Réu na Lava Jato

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou no início da tarde desta quinta-feira (18) a abertura de inquérito para investigar Temer. O pedido de investigação foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

A legislação brasileira estabelece que um presidente da República só pode ser investigado em casos de irregularidades cometidas durante o exercício do mandato e com autorização do STF.

Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo nesta quarta-feira (17), o empresário gravou o presidente dando aval para a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, preso em Curitiba. Parte das imagens feitas pela PF foi divulgada nesta quinta.

A delação de Joesley Batista e do irmão, Wesley, foi homologada por Fachin e o sigilo das investigações pode ser levantado nas próximas horas. Com a decisão do ministro do STF, Temer passou formalmente à condição de investigado na Operação Lava Jato.

Um ano de governo

Temer completou um ano de mandato na última sexta-feira. Ele assumiu a Presidência da República em 12 de maio de 2016, após os senadores aprovarem a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), o que resultou no afastamento dela do cargo. Em agosto, o Senado aprovou o impeachment de Dilma, e Temer assumiu a Presidência efetivamente.

Nesses 12 meses, a gestão de Temer foi marcada pela adoção do ajuste fiscal na economia, com a definição de um teto para os gastos públicos, e pelo envio das reformas da Previdência, trabalhista e do ensino médio para o Congresso.

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