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Explosões em tubulações de gás e na impermeabilização de móveis em condomínios é motivo de preocupação

Instalação correta e manutenção, além de obter conhecimento do que é permitido por lei, podem evitar transtornos ou até mesmo grandes tragédias.

09/11/2019 16h02
Por: Alan Diógenes

Os casos recentes de acidentes e explosões envolvendo tubulações de gás em condomínios, veiculados na mídia nacional, deixou uma preocupação tanto para os administradores como aos moradores destes locais. De acordo com o Corpo de Bombeiros, são vários os fatores que podem ocasionar este tipo de situação, mas a falta de manutenção e instalação errada dos equipamentos são as principais causas de acidentes com gás.

Os bombeiros destacam que a maioria dos vazamentos de gás ocorrem nas mangueiras, que com o tempo vão se deteriorando por desgaste natural ou ação mecânica, por exemplo, ao esticar a mangueira para limpeza, ou sofrer batidas com outros objetos. A exaustão mal-feita também, ou melhor, a condução dos produtos tóxicos da combustão para fora da edificação, leva à contaminação do ambiente pelos produtos da queima do gás, entre eles, o monóxido de carbono.

Por isso é importante o síndico ficar alerta quanto a este assunto e orientar os moradores a verificarem sempre que possível se há fissuras no duto, se a fixação está irregular ao aparelho ou ao terminal de exaustão. Outra questão que também deve ser levada em conta é que o local onde o gás fica armazenado deve ser ter uma ventilação permanente. Sem essa ventilação, o morador pode sofrer as conseqüências de um possível transbordo.

E por fim, os vazamentos mais comuns, ou seja, feito pela ação humana, quando deixadas as bocas dos fogões acesas, por exemplo, ou quando a chama apaga, ou nem foi acesa, e o manípulo de gás continua aberto e a pessoa não percebe o cheiro do gás.

É por isso que todo aparelho a gás deve ser instalado somente por profissional qualificado. O síndico deve deixar isso bem claro aos moradores. Uma instalação inadequada afeta negativamente o desempenho do aparelho e, muitas vezes, é a causa de acidentes que, na melhor das hipóteses, apenas causa danos materiais ao imóvel.

Fogões e aquecedores de água a gás são os aparelhos a gás mais comuns de ser encontrados em um ambiente residencial. Ambos são considerados seguros, já que os produtos hoje em dia vendidos são certificados quanto ao seu desempenho e segurança.

De acordo com o presidente da Abagas (Associação Brasileira de Aquecimento a Gás), os equipamentos de gás devem respeitar as normas da legislação. “Para garantir este desempenho e segurança, devem estar instalados corretamente e de acordo com as normas técnicas vigentes (NBR 13103 da ABNT) além de regulamentos específicos locais, entre eles, normas do Corpo de Bombeiros (AVCB), da concessionária de gás e do código de obras do município, por exemplo”, destacou.

Uma prática básica que pode minimizar e evitar muitos acidentes é a manutenção preventiva no mínimo anual de todos os equipamentos e instalações de gás. Nesta manutenção seria observado não só o aparelho como as condições do ambiente e acessórios. A NBR 13103 e a NBR 15923 dizem que a manutenção de aparelhos e instalações de gás, também deve ser feita somente por profissional qualificado, sob a supervisão de profissional habilitado.

Em relação à impermeabilização de sofás, ou seja, a limpeza com produtos dentro dos apartamentos, todo cuidado é pouco. No dia 29 de junho deste ano, um menino de 11 anos morreu durante uma explosão em seu apartamento no sexto andar de um prédio, em Curitiba-PR. Ele foi lançado para fora e caiu na garagem. Outras três pessoas ficaram feridas. Segundo o Corpo de Bombeiros, um produto inflamável usado na impermeabilização causou a explosão.

Esse é apenas um dos casos trágicos envolvendo impermeabilização de móveis pelo país a fora. Então, o conselho dos órgãos de segurança é de que se o morador precisar utilizar este serviço, antes precisa verificar junto a empresa quais são os produtos utilizados na atividade e se eles estão dentro das normas da legislação, ou seja, se são permitidos.

Cheiros, pequenos e estranhos barulhos, ferrugem, faíscas, fissuras ou outras avarias tanto na impermeabilização como no equipamento de gás, até mesmo uma fumacinha são detalhes que até passam despercebidos, mas devem ser observados e considerados sempre.

No caso desses sinais, Leonardo Abreu, da Abagas, recomenda:

• Não acender luzes ou acionar equipamentos elétricos;
• Não utilizar fósforos ou isqueiros;
• Ventilar o local com a abertura de janelas e portas;
• Vechar as válvulas de bloqueio dos equipamentos;
• Sair do ambiente;
• Comunicar imediatamente a ocorrência para o número de emergência da concessionária que fornece o gás natural encanado ou o Corpo de Bombeiros

Foto Ilustrastiva

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