Lua aparecerá maior e mais brilhante, sem necessidade de telescópio; fenômeno se repete em dezembro
Na quarta-feira (5), os brasileiros poderão observar mais uma superlua, segundo o calendário astronômico do Observatório Nacional, se as condições climáticas forem favoráveis. Será a segunda e penúltima superlua do ano, que se caracteriza por a Lua cheia ocorrer próxima ao perigeu, ponto mais próximo da Terra durante sua órbita.
O fenômeno fará com que o satélite natural apareça até 14% maior e 30% mais brilhante do que uma lua cheia comum. “Se a lua cheia ocorre próximo ao perigeu, ela é chamada de superlua. A distância aproximada será menor que 360 mil km da Terra”, explica Helio J. Rocha-Pinto, diretor do Observatório do Valongo da UFRJ.
A melhor visualização será ao anoitecer. No horário de Mato Grosso do Sul, a Lua cheia surgirá por volta das 17h40 no Estado, enquanto as 17h45 em São Paulo, 17h14 em Belém e 16h28 no Recife. O fenômeno pode ser observado a olho nu, sem necessidade de equipamentos, embora telescópios e lunetas possam proporcionar detalhes adicionais da superfície lunar.
Apesar de popularmente usada, a expressão “superlua” não tem definição científica precisa. Criada pelo astrólogo Richard Nolle em 1979, a nomenclatura foi adotada por sites de astronomia, mas não é consenso técnico. Na prática, apenas a coincidência da lua cheia com o perigeu é o que torna a lua ligeiramente maior e mais luminosa.
Em 2025, o Observatório Nacional prevê três superluas: a primeira já ocorreu em 6 de outubro, a segunda será nesta quarta-feira (5) e a terceira está marcada para 4 de dezembro.
Para quem quiser registrar o fenômeno, basta apontar a câmera do celular para o céu: a Lua aparecerá grande e brilhante, proporcionando uma das imagens mais bonitas do ano no céu brasileiro e mundial.
