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quarta-feira, 8 de outubro, 2025
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Obra que não termina nunca, revitalização da antiga Rodoviária é investigada pelo MPMS

As obras de revitalização do complexo público da antiga Rodoviária de Campo Grande entraram na mira do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). Publicação feita nesta quarta-feira (08) aponta que um inquérito civil foi aberto para apurar o andamento dos trabalhos, que acumula atrasos, aditivos contratuais e até mesmo falta de transparência na divulgação dos dados por parte da Prefeitura Municipal.

Denúncias feitas ao órgão fiscalizador revelam para uma baixa presença de operários no canteiro de obras. O Promotor de Justiça Humberto Lapa Ferri detalhou que a manifestação que originou o inquérito foi registrada de forma sigilosa e destaca preocupações com a segurança pública e o impacto social da obra.

A reforma foi iniciada em junho de 2022, com prazo contratual de 360 dias, mas de lá para cá já passou por diversas prorrogações e tinha a previsão de conclusão para julho de 2025, porém, foi renovado para até o final deste ano. O contrato original tinha valor inicial de R$ 16,5 milhões, mas já foi aditivado para R$ 18,5 milhões.

Obra que não termina nunca, revitalização da antiga Rodoviária é investigada pelo MPMS
Imagem de como deve ficar o prédio com a reforma (Foto: Divulgação)

A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) disse que a obra está financeiramente 47,05% concluída. A principal dificuldade está na ausência de previsão do sistema de ar-condicionado VRF, essencial para a finalização do acabamento. Uma nova licitação para esse item está em andamento.

No inquérito, o MPMS requisitou ao Município uma cópia integral do procedimento licitatório e do contrato com a empresa vencedora da licitação para a revitalização do complexo, além de documentos complementares. Também determinou a publicação de edital no Diário Oficial para que terceiros interessados possam apresentar informações.

A antiga rodoviária da Capital está localizado no quadrilátero das ruas Dom Aquino, Barão do Rio Branco, Vasconcelos Fernandes e Joaquim Nabuco. O espaço deverá abrigar a nova sede da Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social) e da Funsat (Fundação Social do Trabalho), trazendo maior movimentação para a região comercial.

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