27.8 C
Campo Grande
segunda-feira, 15 de setembro, 2025
spot_img

Oitava edição da Operação Nacional Mata Atlântica em Pé é iniciada em 17 estados

Começa nesta segunda-feira (15), a maior operação de combate ao desmatamento ilegal de Mata Atlântica em todo o país. Esta é a oitava edição da Operação Mata Atlântica em Pé. Participam 17 estados brasileiros, sendo oito da região Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe), quatro do Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo), três da região Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) e dois do Centro-Oeste (Goiás e Mato Grosso do Sul). 

Os 17 estados com cobertura do bioma terão ações de fiscalização coordenadas pelos Ministérios Públicos, em parceria com outras instituições dos sistemas de proteção ambiental. As fiscalizações remotas e as incursões a campo prosseguem até 25 de setembro, quando serão contabilizados os alertas de desmatamento fiscalizados, a extensão em hectares de áreas desmatadas ilegalmente, atuadas e embargadas, assim como o somatório de multas administrativas aplicadas.

A coordenação nacional dos trabalhos é feita, conjuntamente, pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa) e pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). 

Em 2024, a operação identificou 19,5 mil hectares desmatados ilegalmente, o equivalente a 27 mil campos de futebol, a partir de 1.635 alertas. O trabalho resultou na aplicação de R$ 143,1 milhões em multas, o maior valor registrado no histórico da operação.

O percentual de alertas de desmatamento da Mata Atlântica efetivamente fiscalizados tem crescido significativamente ano a ano. Além disso, em 2024 houve um incremento de 9% em hectares de desmatamento ilegal monitorados pela operação, em comparação ao ano anterior, bem como um aumento de 16% no número de propriedades verificadas.

A atuação conjunta dos Ministérios Públicos e dos órgãos de fiscalização ambiental envolve o levantamento dos desmatamentos, em especial por meio do sistema Mapbiomas Alerta e do Atlas, desenvolvido pela Fundação SOS Mata Atlântica. O trabalho também abarca a identificação dos responsáveis, a verificação de eventual existência de licenças ambientais, a fiscalização presencial ou remota, a lavratura de autos de infração e de termos de embargo, além da adoção de medidas para cessação dos ilícitos e reparação dos danos ambientais e climáticos.

Para o Promotor de Justiça do Ministério Público do Paraná (MPPR) e Coordenador do Projeto Mata Atlântica em Pé da Abrampa, Alexandre Gaio, “a utilização cada vez mais frequente das tecnologias relacionadas às imagens de satélite e a ininterrupta união de esforços dos órgãos envolvidos na operação nacional têm contribuído decisivamente para a redução dos índices de desmatamento no bioma Mata Atlântica”.

Balanço

Ao final das ações de fiscalização, em 26 de setembro, serão apresentados, pelos órgãos responsáveis, os resultados da edição deste ano, com transmissão online ao vivo a partir das 9h. O local de divulgação será informado previamente.

Fale com a Redação