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domingo, 14 de setembro, 2025
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Operação Bilhete mira policial penal que repassava informações de detentos para pessoas fora dos presídios

Uma operação foi desencadeada nesta segunda-feira (03) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) contra o envolvimento de servidores públicos da área penitenciária com detentos ligados à facções criminosas, em especial o Primeiro Comando da Capital (PCC), que atua dentro e fora dos presídios brasileiros e também no Paraguai. Chamada de ‘Operação Bilhete’, a ação cumpriu ao todo 10 mandados de busca e apreensão e de prisão.

De acordo com o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), foram dois mandados de prisão preventiva, cinco mandados de busca e apreensão e três de medidas cautelares diversas à prisão. As investigações descortinaram a atuação de um policial penal que era lotado no Presídio da Gameleira I, em Campo Grande, e que repassava informações e também entregava aparelhos celulares para os detentos que, através desses serviços, planejavam homicídios de outros policiais penais.

As mensagens transmitidas pelo agente público eram emanadas tanto de integrantes da organização criminosa alvo da Operação Omertà como de integrantes do PCC. O nome da Operação faz alusão ao meio utilizado pelos presos para transmissão de ordens para o mundo externo, com o apoio do policial penal. Em nota, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) disse que acompanhou e deu total suporte à operação do Gaeco.

Histórico

Essa é a segnda operação policial realizada contra o PCC em Mato Grosso do Sul no intervado de 10 dias. Recentemente, no dia 30 de agosto, o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) deflagrou uma operação em conjunto com a Polícia Penal contra sete membros do PCC, além de pente-fino realizados nas penitenciárias do Estado.

Neste caso, as investigações apontaram para a existência de uma célula do PCC estabelecida na região do Cone-sul e que pretendia promover uma série de atentados contra servidores públicos da Segurança Pública, tendo como pricipais alvos um investigador de polícia, um policial penal e um juiz. Com o grupo, a polícia descobriu que os detentos usavam bilhetes para se comunicar com os demais membros da facção que estavam soltos, sendo que esses bilhetes eram entregues por familiares, advogados ou por terceiros.

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