Operação contra corrupção no Corpo de Bombeiros do RJ tenta prender mais de 30

347

Publicado em 12/09/2017 07h10

Operação contra corrupção no Corpo de Bombeiros do RJ tenta prender mais de 30

Grupo é suspeito de cobrar propina para emitir alvará para estabelecimentos comerciais. Trinta mandados de prisão são contra oficiais da corporação.

G1

A Polícia e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realizam uma operação, na manhã desta terça-feira (12), para prender 38 pessoas, das quais 35 são bombeiros e suspeitos de receber propina para conceder licenças a estabelecimentos comerciais. Também estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão na Diretoria de Serviços Técnicos e nos gabinetes e armários de dois denunciados. Até as 7h20, nove pessoas tinham sido presas e levadas para a Cidade da Polícia.

Durante as investigações foram interceptadas conversas telefônicas sobre um esquema de corrupção para expedir alvarás mediante o pagamento de propina aos militares. Os comandantes de alguns batalhões estão entre os citados na operação. Dentre os mandados de prisão, 30 são contra oficiais da corporação, incluindo 10 coronéis.

O esquema de corrupção ocorria principalmente no Setor de Engenharia do 4.º Grupamento do Bombeiro Militar de Nova Iguaçu, do 14.º Grupamento do Bombeiro Militar de Duque de Caxias e do Grupamento de Operações com Produtos Perigosos, do qual participavam oficiais bombeiros militares responsáveis por expedir documentação indispensável para o funcionamento de qualquer estabelecimento comercial.

As investigações começaram a apurar a prática criminosa no grupamento de Nova Iguaçu, mas a polícia identificou que o grupo atuava em um âmbito maior e a prática criminosa atuava em outros municípios.

Os militares recebiam propina para expedir os laudos técnicos de diversos estabelecimentos comerciias, tanto de pequeno, médio e grande portes. Para conceder essas licenças os bombeiros deveriam avaliar as instalações hidráulica e elétrica, assim como o posicionamento da saída de emergência e outros aspectos ligados a segurança do local. As licenças eram vendidas por R$ 750 até R$ 30 mil, dependendo do tamanho do estabelecimento.

Quartel de Nova Iguaçu (Foto: Fernanda Rouvenat0