Uma operação no próximo dia 27 vai eliminar os fios soltos, irregulares e clandestinos que estão conectados nos postes de energia elétrica do centro de Campo Grande. A ofensiva é vista como ‘piloto’ e, com o eventual resultado positivo, será empregada em outras localidades.
Chamada de Operação Rede Limpa, a ação vai ocorrer nas ruas Avenida Mato Grosso, 13 de Maio, Afonso Pena e Calógeras, 14 de Julho, Antônio Maria Coelho, Maracaju, Marechal Rondon, Dom Aquino e Barão do Rio Branco. A operação começará às 22h e seguirá até aproximadamente 5h da manhã do dia seguinte.
O horário foi escolhido estrategicamente para evitar interferências no trânsito e garantir que a mobilidade urbana não seja afetada durante o horário de maior fluxo no quadrilátero central. Após a remoção dos fios irregulares e soltos, uma fiscalização será feita diariamente para evitar a conectividade dos cabos.
Hoje, são 144 operadoras de telecomunicação cadastradas regularmente na Energisa. Apenas quem possui contrato e identificação pode utilizar os postes, mas diversas empresas clandestinas ou irregulares instalaram cabos sem controle técnico, gerando riscos que vão desde acidentes elétricos até danos em estruturas por excesso de carga.
A ofensiva reúne a Agência de Regulação do Estado (AGEMS), Energisa MS e a Prefeitura de Campo Grande. Segundo o diretor-presidente da AGEMS, Carlos Alberto de Assis, essa integração representa um marco no enfrentamento de problemas históricos ligados à infraestrutura urbana.
“Quando unimos forças, quem ganha é a população. A AGEMS tem o papel de garantir à sociedade serviços públicos mais eficientes e seguros. Este projeto mostra como a regulação, quando dialoga com o município e com a concessionária, transforma realidades e entrega resultados práticos para as pessoas”, afirma.
O diretor de Gás e Energia da AGEMS, Matias Gonsales, reforça que a ação é urgente e essencial. “Empresas não regulares influenciam diretamente na segurança elétrica e na estabilidade do fornecimento de energia. A operação é uma medida para proteger o cidadão, evitar acidentes e cumprir nossa missão de fiscalização”, disse.
Responsável pelos postes, a Energisa será a executora da remoção dos fios. “Nosso trabalho será retirar tudo o que estiver instalado de forma clandestina ou sem condições adequadas. As fibras ópticas devidamente identificadas permanecem. O que não estiver identificado, conforme previsto em contrato, será retirado”, explica o gerente de serviços comerciais da Energisa MS, Arthur Rocha.
