Ozeias carregava arma em pochete e não foi algemado por ser considerado ‘ficha limpa’

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10/06/2020 10h00
Da redação

O chefe da Polícia Civil em MS, Marcelo Vargas, informou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (10), que os policiais assassinados covardemente com tiro na nunca, não revistaram ou algemaram o autor dos tiros, o vigilante Ozeias de Moraes de 45 anos, porque ele era considerado ficha limpa e estava sendo conduzido até a delegacia para prestar esclarecerimentos.

Ozeias Silveira de Moraes matou os policiais Antônio Marcos Roque da Silva de 39 anos e Jorge Silva dos Santos de 50 anos, ambos com tiros da nuca de um revólver calibre 38 com registro em seu nome, conforme apuração do Campo Grande News. A arma estava em uma pochete e ele era conduzido em uma viatura descaracteriza da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas.

Segundo o chefe da Polícia Civil em Mato Grosso do Sul, o triste incidente aconteceu devido a Ozeias ser tratado como uma possível testemunha e tinha ficha limpa. “Ele estava sendo levado como testemunha de um assalto, não tinha passagem nem nada, é filho de policial militar, trabalhava como vigilante. Ele não era suspeito de nada, não tinha passagem pela polícia”,disse.

Ainda segundo Marcelo, os policias agiram corretamente em não agelmar Ozeias, respeitando assim a Lei Nº 13.869, de 5 de setembro de 2019 que dispõe sobre o abuso de autoridades.

Apreensão dos envolvidos no crime

A Derf localizou primeiramente William Dias Duarte Cormelato que já possuia mandado de prisão em aberto por violência doméstica. Ele foi algemado e levado à delegacia para prestar esclarecimentos.

Já Ozéias foi morto durante a madrugada de hoje(10), em confronto com policiais que estavam a sua procura. Ele foi encontrado no bairro Santa Emília, na casa de um conhecido.

Os policiais, Antonio Marcos e Jorge Silva foram assassinados.
Foto/Divulgação