O homem de 31 anos, apelidado de Pezão, responsável pelo assassinato de uma família na cidade de Rochedo entre a noite de domingo (09) e a madrugada da segunda-feira (10), teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça ao passar pela audiência de custódia na tarde de ontem (11). Agora, será transferido ao presídio estadual para aguardar o julgamento do caso.
Na atualização da investigação, câmeras de segurança registraram ele subindo e descendo a rua da casa da família pelo menos três vezes na noite de domingo. Pouco depois, o fogo começa no imóvel. No local, Rosimeire Vieira de Oliveira, de 37 anos, ex-namorada de Pezão, sua mãe Irailde Vieira Flores, de 83, e o filho de 14 anos foram encontrados mortos, carbonizados e com sinais de esfaqueamento.
Em coletiva de imprensa nessa quarta-feira (12), o delegado Jarley Inácio, responsável pelo caso, detalhou que o autor tentou álibis para não ser preso pelo crime, negando qualquer envolvimento, mas acabou confrontado com o depoimento de 12 testemunhas que o viram na cena momentos antes, além de manchas de sangue em sua bota e em uma faca, apreendida próxima da casa e que seria da república onde ele residia.
Ainda não há certeza sobre a motivação, mas a suspeita é de que não aceitou o término da relação, que durou quatro meses. O delegado também detalhou que Pezão acumula passagens policiais desde os 18 anos, com características de um psicopata. “Identificamos traços de psicopatia. Estamos traçando o perfil. Esse caso vai a júri popular”, afirmou o responsável pelo caso.
Sobre o passo a passo do triplo homicídio, a polícia apontou que Rosimeire foi a primeira assassinada com golpes de faca, pelo menos seis. O filho tentou fugir, mas foi alcançado pelo criminoso e também morto. Por último, matou a idosa, que estava em uma cama do quarto, provavelmente dormindo quando tudo ocorreu. A perícia identificou sinais de fuligem nas vias aéreas das vítimas, ou seja, estavam vivas quando foram carbonizadas.
Histórico do autor
Pezão é considerado um homem violento pela polícia. Lutador de jiu-jítsu, tem no seu desfavor passagens por estupro, ameaça, lesão corporal, sequestro e cárcere privado. O mais grave aconteceu em setembro de 2016, também em Rochedo, quando bateu na companheira com socos e a manteve trancada em casa, forçando a ter relações sexuais.
Após alguns dias nessa situação, ela conseguiu deixar a residência e denunciou o caso na delegacia local. No momento do registro, o autor passou em frente, dizendo: “Eu falei para você não fazer, eu não tenho medo de polícia, já fiquei preso um ano”. Ele acabou preso em flagrante em seguida.