A PEC da Blindagem, aprovada na última terça-feira (16) na Câmara dos Deputados, enfrenta forte rejeição nas redes sociais, segundo levantamento do Instituto Quaest divulgado neste sábado (20). De acordo com o estudo, 83% das menções são negativas, enquanto apenas 17% demonstram apoio à medida.
Desde a votação, 2,3 milhões de publicações sobre o tema foram registradas, com média de 24 mil menções por hora, alcançando aproximadamente 44 milhões de internautas.
A pesquisa detalha ainda que 46% das menções envolvem o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e a própria Casa. Outros 28% criticam diretamente a PEC, enquanto 12% destacam a adesão de artistas a protestos contra a proposta. O projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparecem em 15% das citações.
Disputa narrativa nas redes
Nas plataformas digitais, parlamentares aliados do governo Lula reforçaram críticas à medida, popularizando o apelido de “PEC da Bandidagem”. Influenciadores de esquerda também reacenderam o bordão “Congresso inimigo do povo”.
Por outro lado, defensores da PEC, em sua maioria alinhados à direita, concentraram ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e resgataram críticas antigas à Operação Lava Jato, apresentando a proposta como um mecanismo para conter supostos excessos da Corte.
O levantamento mostra como o debate sobre a PEC da Blindagem está marcado por polarização intensa, com forte repercussão entre cidadãos, artistas e lideranças políticas nas redes sociais.