Publicado em 07/04/2017 20h22
Pentágono investiga possível participação da Rússia em ataque químico na Síria
Estados Unidos tentam determinar se um caça russo bombardeou um hospital para onde foram levadas vítimas do ataque químico cinco horas depois desse fato com a intenção de eliminar provas.
Agência Brasil
O Pentágono investiga a possibilidade de a Rússia saber ou ter sido cúmplice do ataque químico na cidade de Khan Sheikhun (Síria), que acabou com a vida de mais de 80 civis, indicou nesta sexta-feira um porta-voz à CNN.
Segundo o porta-voz do Pentágono, os Estados Unidos tentam determinar se um caça russo bombardeou um hospital para onde foram levadas vítimas do ataque químico cinco horas depois desse fato com a intenção de eliminar provas.
Os EUA querem saber se a Rússia sabia do ataque químico antes de ocorrer, devido à coincidência desse ataque no centro hospitalar da província de Idlib.
O Pentágono apresentou hoje uma análise que, na sua opinião, mostra a rota seguida por um avião sírio responsável pelo ataque químico sobre a cidade de Khan Sheikhun que decolou da base aérea de Shayrat, bombardeada na quinta-feira (6) durante a noite por mísseis americanos. Além disso, assegura que o avião estava na zona onde aconteceu o ataque químico na hora do fato.
Tropas russas de uma unidade de helicópteros operavam desde o aeroporto de Shayrat, por isso poderiam saber que a aviação síria do líder Bashar Al Assad tinha planejado este ataque químico.
O Pentágono também quer conhecer a capacidade do programa químico da Síria, que em 2013 se comprometeu a entregar todo seu arsenal químico à Rússia, para que este país o transferisse aos americanos para sua destruição, terminada supostamente em 2014.
