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PM faz operação no Vidigal, Rio, após policial ser baleado na favela

Publicado em 23/07/2017 11h56

PM faz operação no Vidigal, Rio, após policial ser baleado na favela

Protesto em Copacabana pede defesa às vidas dos policiais. Militar, o 91º a ser morto no RJ, chegou a ser socorrido para unidade de saúde, mas não resistiu ao ferimento.

G1

Homens do Batalhão de Ações com Cães (BAC) e do Batalhão de Operações Especiais, o Bope, ambos da Polícia Militar, foram acionados para a Favela do Vidigal, no Leblon, Zona Sul do Rio.

A operação teve início após um policial ser baleado durante confronto na comunidade na madrugada deste domingo (23). Socorrido para uma unidade de saúde, o militar não resistiu ao ferimento e morreu.

O sargendo Hudson Silva de Araújo patrulhava uma das principais vias da comunidade quando foi baleado na troca de tiros. O PM chegou a ser socorrido por outros policiais para o Hospital Miguel Couto, também no Leblon, foi operado às pressoas, mas morreu na mesa de cirurgia.

Por enquanto, o corpo do PM continua no Miguel Couto e, mais tarde, ainda nesta manhã, será encaminhado ao Instituto Médico Legal.

Protesto pede fim de mortes

Enquanto homens da PM começavam a ocupar o Vidigal, parentes de policiais organizaram protestos, em todo o Brasil, em defesa da vida dos agentes. No Rio, a concentração dos familiares teve início no Posto 5 da Praia de Copacabana. Por volta das 10h, os manifestantes estenderam faixas e pretendiam fazer uma caminhada.

Rogéria Quaresma é mulher de um policial militar e disse que fica desesperada toda vez que seu marido sai de casa para trabalhar. Ela faz parte do grupo “Somos Todos Sangue Azul”, que é composto por familiares de PMs e apoiava o ato deste domingo.

“Eu me sinto desesperada porque eu sei que meu marido pode ser o próximo. Eu não aceito ser a próxima viúva, não aceito isso para a minha família, não aceito isso para mim”, disse.

“A gente está querendo que o governo olhe pelos nossos policiais, que de uma resposta a essa situação, a gente não pode mais aceitar isso. Não pode morrer e ficar por isso mesmo. Todo dia é uma família destruída, família sofrendo. São filhos sem pai, mãe sem seus filhos. Essa situação a gente não pode aceitar”, acrescentou.

91 PMs assassinados

O sargento é o 91º PM morto no Rio em 2017. No Rio de Janeiro, a média chega a um policial morto a cada 54 horas no estado.

No sábado (22), foi enterrado o corpo do policial militar Fabiano de Brito Silva, de 35 anos, morto na sexta (21) durante uma tentativa de assalto na Baixada Fluminense.

Com faixas, manifestantes pedem fim da morte de PMs (Foto: Matheus Rodrigues)

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