Oito caçadores foram presos e dois adolescentes apreendidos ontem (5), durante fiscalização da Polícia Militar Ambiental (PMA) em acampamento improvisado às margens da MS-160, entre Sidrolândia e Maracaju. No local onde os suspeitos estavam, os militares apreenderam 12 armas de fogo, entre rifles, espingardas, revólveres, muita munição, veículos e animais abatidos.
Segundo a PMA, os policiais realizavam patrulhamento entre os dois municípios, quando receberam denúncias de caça ilegal e foram a uma região nas proximidades do local conhecido como Trevo do Polaco, à rodovia MS-460 e localizaram um acampamento de caçadores montado próximo e em uma casa abandonada. No local estava um homem de 38 anos, residente em Sidrolândia, que relatou que estava desde o dia anterior, juntamente com amigos realizando caça de Javali, os quais haviam saído para caçar e ele ficou em vigilância do acampamento.
Os militares encontraram uma espingarda da marca Rossi calibre .38 municiada e carregada dentro de um veículo Chevrolet S-10, que pertencia ao infrator, para a qual não havia documentação. Ele recebeu voz de prisão pela posse ilegal da arma.
No interior da casa abandonada, além de colchões e roupa, foi localizado em uma caixa térmica um animal silvestre abatido da espécie paca (Cuniculus paca) e na cozinha um tatu-galinha também abatido (Dasypus novemcinctus), ambos em extinção.
O homem disse não saber quem do grupo havia abatido os animais e que eram mais nove caçadores que portavam rifles, espingardas, fuzis e revólveres, em dois veículos do tipo camionete, uma motocicleta e cães farejadores.
A equipe, então, ficou no local aguardando o retorno dos caçadores. Os nove outros caçadores todos com armas em punho chegaram e logo foram abordados, não esboçando reação. Eram sete adultos e dois adolescentes de 14 e 15 anos com munições nos bolsos, além das armas, que estavam também em dois veículos e uma motocicleta e tinham também nove cachorros de caça, um deles ferido.
Ao todo foram apreendidos 12 armas, sendo três rifles marca Remington calibres 308, 243, dois deles com lunetas, um CBC calibre 17 e um rifle calibre .38; quatro espingardas de calibres 20, 22, 32 e 36; três revólveres, um revólver marca Taurus calibre .357, um calibre 22 e um calibre .38, além de 182 munições de diversos calibres. Nove cães, um tatu e uma paca abatidos, também foram apreendidos, além de um veículo Chevrolet S10, um Fiat Strada e uma motocicleta marca Honda.
Os infratores e os adolescentes, residentes respectivamente em Maracaju e Sidrolândia, foram encaminhados à delegacia de Polícia Civil de Maracaju, onde eles foram autuados em flagrante por porte ilegal de munições e armas, por caça dos animais e por maus tratos aos cachorros.
A pena para o crime ambiental de caça é de seis meses a um ano de detenção, aumentado de mais meio ano devido os animais estarem em extinção. O crime de porte ilegal de arma, a pena é de dois a quatro anos de reclusão. Os adolescentes também respondem pelos atos infracionais.
Um dos caçadores, de 38 anos, residente em Sidrolândia, também era fugitivo da justiça. Contra ele havia um mandado de prisão em aberto por receptação, que foi cumprido pelos policiais. Além disso, o homem assumiu ter abatido o tatu e foi autuado administrativamente e multado em R$ 5 mil. Outro caçador, de 19 anos, residente em Maracaju, assumiu ter abatido a paca e foi autuado administrativamente e multado em R$ 5 mil. Um terceiro infrator, de 34 anos,, residente em Maracaju, assumiu ser o proprietário dos cachorros e foi autuado administrativamente e multado em R$ 3 mil. Ele, também, responderá por mais este crime que prevê pena de dois a cinco anos de reclusão.




















