17/01/2017 11h27 – Atualizado em 17/01/2017 11h27
Polícia Civil indicia PRF por homicídio e dupla tentativa
Polícia descarta legítima defesa
Marinete Morato
Em coletiva na Academia de Polícia Civil, a delegada Daniella Kades, responsável pelo inquérito, acompanhada do Delegado Geral Marcelo Vargas e os delegados Fabiano Nagata, Enilton Zalla e João Eduardo Davanço, informou o encerramento do inquérito que apurava a morte do empresário Adriano Correia, de 33 anos, em suposta briga de trânsito, que aconteceu no último dia 31 de dezembro na avenida Ernesto Geisel, na região central de Campo Grande, tendo como autor dos disparos o PRF Ricardo Hyun Su Moon, de 47 anos.
Segundo a delegada, ficou descartado a suposta a perseguição e buraco na avenida, onde teria iniciada a discussão de trânsito.
Do que foi apurado pela Polícia Civil, estaria o empresário transitando pela rua Pimenta Bueno, vindo a entrar na avenida Ernesto Geisel em alta velocidade, onde o PRF interceptou o veiculo do empresário, dando a ordem de parada aos ocupantes do veículo.
Salienta a Polícia Civil que na gravação da ligação para serviço de emergência do Centro Integrado de Operações de Segurança “190”, o PRF pediu apoio de da Polícia Militar, pois estaria numa abordagem e havia suspeita de embriaguez ao volante. Ainda no mesmo áudio, pode-se ouvir o PRF falando para que ninguém saia do carro e afirma estar sozinho, solicitando rapidez no deslocamento dos policiais militares até o local.
Por fim, na coletiva, a Polícia Civil descartou legitima defesa e afirmou que foram feitos pelo PRF três tiros frontais em direção ao motorista, e mais quatro disparados na lateral da Hilux ocupada por Adriano.
O inquérito, com um total de 531 páginas, já foi encaminhado ao Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul para que análise se oferece a denúncia contra o PRF.
