Foi preso na noite de quinta-feira (23) o terceiro envolvido na morte de um homem de 42 anos, em crime ocorrido na cidade de Sidrolândia no ano passado. O autor estava escondido na residência de sua namorada, em Nova Alvorada do Sul.
Quando as autoridades locais chegaram até o endereço, o autor estava terminando de arrumar as malas para fugir da cidade, tendo em vista as notícias de que o crime foi descoberto e os comparsas presos.
Pressionado pelos policiais, o rapaz confessou o envolvimento e foi levado para a delegacia de Sidrolândia, onde aguarda a audiência de custódia para saber se será transferido para algum presídio estadual ou liberado para responder em domicílio.
Mandante e comparsa foram presos na quarta-feira
Dois jovens de 19 anos foram presos na quarta-feira (22) pela morte do homem. A ossada da vítima foi descoberta no momento em que uma mulher carpia o terreno para retirar um pé de mandioca.
O corpo da vítima vinha sendo procurado há seis meses, desde que foi registrado o seu desaparecimento. Quando houve a descoberta da ossada no quintal da casa em que a vítima residia, os investigadores imediatamente foram até o local de trabalho de um dos suspeitos e o prenderam.
Pressionado, confessou a autoria, juntamente com dois comparsas. A investigação ressaltou que no depoimento o assassino contou detalhes da empreitada criminosa, narrando a crueldade da ação. O homem foi morto com golpes de martelo na cabeça e facadas na região do abdômen.
“O enterraram ainda com vida, aos gritos, no quintal da casa em que residia”, contou a delegada Cynthia Gomes, responsável pelo caso. Um dos comparsas foi localizado logo em seguida e preso. Na sua versão, confirmou os fatos e a participação.
Os dois rapazes passaram por audiência de custódia nesta sexta-feira (24) e tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz Fábio Henrique Calazans Ramos. A dupla será transferida para algum presídio estadual, onde aguardarão o julgamento do caso.
Reviravolta no caso
A Polícia Civil disse que o caso teve uma reviravolta há cerca de dois meses, quando uma mulher que também era investigada por participação no homicídio foi até a Delegacia de Polícia registrar uma ocorrência de violência doméstica.
Na ocasião, ela informou que o autor, seu namorado, disse que faria com ela o mesmo que fez com a vítima, ou seja, que a mataria e enterraria o corpo no quintal da casa.
A partir daí, a Polícia Civil, que até então tinha como linha investigativa para o desaparecimento da vítima eventual dívida de drogas, já que ele era usuário, corrigiu rotas e passou a ter como principal suspeito o verdadeiro autor.
“Ele chegou a prestar depoimento na delegacia sobre os fatos na época, mas negou a autoria e naquele momento não realizamos sua prisão, pois não tínhamos elementos concretos para mantê-la”, explicou a delegada.
Com a descoberta da ossada enterrada no quintal da casa, a polícia realizou a prisão em flagrante do autor, que mudou seu primeiro depoimento prestado, no qual alegou não ter participação no homicídio, e dessa vez confessou o crime por desavença de herança.
Os autores serão indiciados pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, com emprego de meio cruel e por recursos que impediram a defesa da vítima, e ocultação de cadáver.
