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quinta-feira, 12 de junho, 2025
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Polícia prende traficante que mandou matar o promotor paraguaio Marcelo Pecci

Foi preso no Rio de Janeiro, na quinta-feira (09), um dos traficantes mais procurados da América do Sul e que é investigado por ter sido o mandante da execução do promotor paraguaio Marcelo Pecci, em crime ocorrido no mês de maio de 2022.

De acordo com as informações, o bandido que atende pelo apelido de ‘Tio Rico’ foi capturado durante uma ação do 20ª DP (Vila Isabel) no Recreio dos Bandeirantes.

A polícia informou que ele tinha planos de se tornar o principal fornecedor de cocaína da facção criminosa Comando Vermelho (CV), a maior rival do Primeiro Comando da Capital (PCC). As duas disputam o controle do tráfico na fronteira do Paraguai.

A Inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro ainda apontou que ‘Tio Rico’, após ter se estabelecido como o maior distribuidor de drogas daquele estado, pretendia “estender o seu domínio para todo o Braisl”.

Investigado no Paraguai

A Justiça do Paraguai acredita que ‘Tio Rico’ tenha sido o grande mentor do assassinato do promotor Marcelo Pecci, de 45 anos. Ele foi morto durante a sua lua de mel na cidade de Cartagena das Índias (Colômbia).

No crime, duas pessoas se aproximaram usando um jet-ski e atiraram várias vezes contra a sua direção. O promotor faleceu ainda na praia, antes mesmo da chegada do socorro médico. Várias pessoas já foram presas pelo crime.

Pecci era responsável pela Unidade Especializada de Crime Organizado e Narcotráfico do Paraguai, tendo atuado na prisão de líderes de facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas e contrabando de mercadorias e armas.

Ainda segundo a polícia, ‘Tio Rico’ era considerado foragido internacional e procurado pela Justiça do Paraguai e pela Interpol não só pelo atentado, como também por tráfico de drogas e por lavagem de dinheiro.

A localização dele aconteceu após a polícia receber uma denúncia na qual apontou que ele estava circulando pelo Recreio em um veículo modelo Toyota Hilux.

Na abordagem, o traficante se identificou com outro nome e falou que tinha perdido os documentos, mas, ao chegar à delegacia, confessou ser ‘Tio Rico’.

A representação da Interpol da PF formulou pedido de prisão preventiva para extradição do alvo, a qual foi deferida em caráter de urgência pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Ele foi levada para a Superintendência da PF no RJ até ser trasladado para o Sistema Penitenciário, aguardando o julgamento do processo de extradição.

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