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segunda-feira, 27 de outubro, 2025
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Por redes sociais, governador anuncia investigação após invasão de fazenda em Caarapó

Eduardo Riedel afirma que conflitos em Caarapó envolvem interesses além das questões fundiárias e mantém compromisso com diálogo

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), por meio de redes sociais, anunciou neste domingo (26) a abertura de uma investigação rigorosa e a punibilidade dos responsáveis por uma nova invasão em propriedade rural no município de Caarapó, que resultou na expulsão dos proprietários, destruição de maquinário e insumos e incêndio na sede da fazenda.

Segundo o governador, as forças de segurança do estado já estão atuando para responsabilizar organizações envolvidas no aliciamento e exploração da boa-fé de um pequeno grupo de indígenas. Riedel destacou que é fundamental diferenciar esses grupos criminosos da grande maioria das comunidades indígenas, que recebem diariamente políticas públicas voltadas à educação, cultura, segurança e dignidade.

“É importante separar esses grupos criminosos da imensa maioria das comunidades indígenas, atendidas diariamente por políticas públicas efetivas”, afirmou o governador em publicação nas redes sociais.

Riedel reforçou que o governo não irá retroceder no fortalecimento das políticas públicas e no combate aos que alimentam o caos, criam divisões e exploram a miséria, ressaltando que existem interesses que vão além das questões fundiárias nesses conflitos.

Compromisso com o diálogo

O governador reafirmou ainda o compromisso com o diálogo entre todas as partes, em articulação com a União e o Judiciário, buscando decisões firmes e justas que garantam paz, dignidade e segurança para todos os cidadãos sul-mato-grossenses. O objetivo, segundo Riedel, é evitar a escalada de conflitos e assegurar o respeito aos direitos de cada um.

O caso

A ação ocorreu ontem e envolveu indígenas guarani-kaiowá. Segundo uma moradora de uma propriedade vizinha, que preferiu não se identificar, a ocupação teve início por volta das 4h da manhã. A PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) informou que recebeu um chamado pelo 190, relatando a presença de aproximadamente 50 indígenas armados, que teriam expulsado o caseiro e iniciado um incêndio.

Nota do CIMI e PMMS

O CIMI (Conselho Indigenista Missionário), que acompanha o caso, afirmou em publicação nas redes sociais que uma jovem de 17 anos foi sequestrada, e que a suspeita inicialmente recaiu sobre funcionários da fazenda.

A entidade também negou a presença de 50 indígenas armados no local. “A jovem acabou sendo resgatada na sede da fazenda. Revoltados, os Guarani e Kaiowá decidiram não mais deixar o local”, destacou.

A nota oficial da PMMS não cita o sequestro da jovem indígena, informando apenas que equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros foram acionadas “para dar apoio ao comunicante e restabelecer a tranquilidade diante da situação de risco à segurança das pessoas e à ordem pública”, conforme divulgado oficialmente.

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