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quarta-feira, 12 de novembro, 2025
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‘Porto Seco’: operação revela rede milionária de contrabando que ligava o Paraguai a São Paulo

Ação conjunta da PF e Receita Federal em Dourados e Douradina desarticula estrutura logística responsável por movimentar R$ 8 milhões mensais

A Receita Federal do Brasil e a Polícia Federal deflagraram, na manhã desta quarta-feira (12), a Operação Porto Seco, com o objetivo de desarticular um esquema milionário de contrabando e descaminho de cigarros paraguaios que atuava em Dourados e Douradina, no sul de Mato Grosso do Sul.

De acordo com as investigações, a organização criminosa movimentava cerca de R$ 8 milhões por mês, o que representa aproximadamente R$ 100 milhões em um ano. O grupo mantinha uma estrutura logística sofisticada, com motoristas, olheiros e responsáveis por depósitos clandestinos, usados como entrepostos para carga e descarga das mercadorias ilegais.

A operação teve início em outubro deste ano, após a prisão em flagrante de um homem que transportava grande quantidade de cigarros contrabandeados oriundos de Pedro Juan Caballero (Paraguai). A carga seria descarregada em um distrito de Douradina, onde imóveis eram utilizados como pontos de apoio antes do envio dos produtos ao interior de São Paulo, principal destino das cargas — origem do nome da operação, “Porto Seco”.

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Dourados e visam obter provas sobre a participação de outros envolvidos e o fluxo financeiro da quadrilha.

O crime de contrabando, previsto no artigo 334-A do Código Penal, prevê pena de reclusão de dois a cinco anos, além de sanções administrativas aplicadas pela Receita Federal.

A ação conjunta reforça o combate à entrada de produtos ilegais no país e à evasão de impostos que prejudica a economia e a concorrência leal no mercado nacional.

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