Presentes com propósito ajudam causas sociais e ganham espaço neste Natal

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A proposta é sentir-se bem e fazer o bem com presentes que contribuem com a sociedade

O Natal está chegando e essa época festiva promete ser diferente do tradicional. Com os casos de covid-19 aumentando exponencialmente em todo Brasil e levando Mato Grosso do Sul ao estágio mais crítico desde o começo da pandemia, as mudanças devem impactar desde o formato das ceias aos presentes de fim de ano. No caso destes últimos, o mercado percebe aumento na procura por presentes que geram impacto positivo na sociedade ajudando causas ou instituições.

A valorização de presentes que têm significado já vem de algum tempo, mas em decorrência da pandemia, a consciência e a seletividade na hora de comprar aumentaram exponencialmente – a tendência, inclusive, já é percebida no mercado sul-mato-grossense. A designer e estrategista, Adriany Bueno, cita como exemplo o crescimento dos presentes com propósito como os “gifts that give back”, na tradução literal: presentes que retribuem.

Trata-se de opções que fazem o bem para terceiros, geralmente, uma causa e vão desde os conhecidos presentes com propósito social aos tributos doados em nome de terceiros. Os presentes perdem a conotação consumista e ganham uma razão “o sentido não está no objeto em si, mas no que a compra dele gerou. Em resumo, o sentido é: graças à pessoa que está sendo presenteada foi possível ajudar uma causa ou alguém”, comenta a especialista.

Exemplos de produtos com propósito social são os produzidos pela Pestalozzi que oferece itens feitos pelos usuários, famílias e voluntários da associação e opções que incluem entrega das chamadas experiência imediata – é o caso dos cursos de culinária presencial e on-line. Em todos os casos, a renda das vendas é revertida para a instituição que trabalha com pessoas com deficiência.

Aqueles que se identificam com causas que apoiam crianças e adolescentes em situação de risco, por exemplo, podem ser presenteados com os artigos da Associação Somos Anjos da Guarda. São bolsas, redes, itens de mesa entre outros que, além de bonitos, são úteis para quem recebe e para quem é atendido pela instituição.

Já os tributos em nome de terceiros, são mais comuns em empresas. É uma alternativa aos tradicionais brindes de fim de ano e geralmente funcionam da seguinte forma: a empresa reverte o orçamento reservado para a compra de brindes, para funcionários ou clientes, em doação em nome dos presenteados e entrega a eles um item que simboliza a ação.

“É gratificante para todos os envolvidos. Quem recebe o cartão informando que o seu presente foi convertido em uma doação em nome dele se sente como um canal de boas ações. Por outro lado, as empresas têm a oportunidade de exercerem sua responsabilidade com a sociedade”, conclui Adriany.