Localizado numa região nobre de Campo Grande, no aclamado bairro Coronel Antonino, o Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” abriga atualmente 307 detentas, sendo a capacidade estrutural para 227 internas.
Do total de mulheres que cumprem a pena no presídio de regime fechado, três são mães de dois recém-nascidos e de um bebê de seis meses, além disso, há duas gestantes e duas mulheres com mais de 60 anos alojadas nas celas.
A superlotação deste, que é o maior presídio feminino de todo o Mato Grosso do Sul, chamou a atenção do Ministério Público (MPMS) para a garantia das condições de saúde e assistência social das internas.

O detalhamento também trouxe informações sobre a educação, sendo que 11 internas estão em processo de alfabetização, 22 no ensino fundamental, 18 no ensino médio e uma busca a graduação superior – o curso não foi divulgado.
Na sexta-feira (18), o Grupo de Atuação Especial de Execução Penal (Gaep) realizou uma inspeção no local, como parte das ações do Projeto Lupa (Legalidade, União, Parceria e Atenção), que busca assegurar tratamento digno às pessoas privadas de liberdade.
A equipe percorreu a creche, área de saúde, celas disciplinares e a biblioteca, além das atividades educacionais e a ala do trabalho, onde funciona a fábrica de gelo, descasque de alho, salão de beleza, artesanato e produção de enfeites para pets.
Para a coordenadora do Gaep, Jiskia Trentin, mesmo superlotada e com carência de servidores, o presídio proporciona ocupação com trabalho, estudo e outras atividades. “Isso contribui sobremaneira para o processo de ressocialização”, destacou.
Ainda na visita ao estabelecimento, os técnicos receberam das detentas pedidos de atendimento da Defensoria Pública, além de demandas relacionadas à saúde física e mental, e da assistência social.