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sexta-feira, 2 de maio, 2025
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Pressão popular: 85,3% pedem saída de Carlos Lupi após escândalo no INSS

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (1º) pela AtlasIntel revela que 85,3% dos brasileiros acreditam que o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, deveria ser demitido após o escândalo de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A crise envolve um esquema que, segundo a Polícia Federal, causou prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

O levantamento ouviu mil brasileiros entre os dias 29 de abril e 1º de maio, com margem de erro de três pontos percentuais. Segundo os dados, 84,4% dos entrevistados afirmam estar bem informados sobre o caso, enquanto 15,6% admitem ter pouco conhecimento a respeito.

A pesquisa também investigou o impacto direto das fraudes entre os cidadãos: 6,4% afirmaram ter sido vítimas de descontos indevidos, e 35,6% disseram conhecer pessoas afetadas. Para 58% dos entrevistados, o caso não teve impacto direto, nem por meio de terceiros.

Apesar da ampla desaprovação popular, o governo federal tem dado sinais de que manterá Lupi no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, saiu em defesa do ministro, mas ponderou que eventuais novas descobertas poderão levar ao afastamento.

Dentro do próprio partido de Lupi, o PDT, há insatisfação. O líder da legenda na Câmara, deputado Mário Heringer (MG), criticou a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na crise e alertou que a permanência de Lupi pode levar a um afastamento da bancada da base governista.

A oposição, por sua vez, pressiona. Nesta quarta-feira (30), deputados protocolaram um pedido para criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o esquema. A decisão sobre a abertura da CPI cabe ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Em audiência realizada na Câmara na última terça-feira (30), Lupi tentou se defender. Disse que as fraudes têm origem em gestões passadas e afirmou que os responsáveis já estão sendo identificados. A crise, no entanto, segue gerando desgaste político e aumentando a tensão entre governo e Congresso.

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