O Partido Progressista (PP) ampliou sua base de lideranças em Mato Grosso do Sul neste sábado (4), durante encontro estadual realizado no Hotel Deville, em Campo Grande, que contou com a presença do governador Eduardo Riedel, da senadora Tereza Cristina e de diversas lideranças municipais. O evento marcou a filiação de prefeitos, ex-prefeitos e secretários estaduais, consolidando o fortalecimento do partido no Estado e a reconfiguração do cenário político local.
Com as novas filiações, o PP passa de 18 para 22 prefeitos e assume a terceira posição em número de prefeituras, ficando atrás apenas do PL e do PSDB, mas liderando em tamanho dos municípios administrados — ou seja, no percentual de eleitores sob gestão.
Entre os novos progressistas estão os prefeitos Cassiano Maia (Três Lagoas), Gilson Cruz (Juti), Marcelo Pé (Antônio João), Vitor “Malaquias” Cunha (Japorã) e Jean Sérgio (Deodápolis, que formalizará a filiação em evento na cidade). Também ingressaram os ex-prefeitos Hélio Peluffo (Ponta Porã) e Marcelo Iunes (Corumbá), ambos egressos do PSDB.
O partido recebeu ainda integrantes do alto escalão do governo estadual, como a secretária de Cidadania, Viviane Luiza; a ex-adjunta da Segov, Ana Carolina Nardes; o coordenador de Políticas Indígenas, Fernando Silva; e o presidente da Adepol/MS, delegado André Matsushita.
Riedel fala em “oxigenação” e protagonismo municipal
O governador Eduardo Riedel, que se filiou ao PP em agosto e ocupa assento na executiva nacional, fez sua primeira palestra como progressista, com o tema “O papel de Mato Grosso do Sul no Brasil e do Brasil no mundo”. Em seu discurso, destacou a importância dos municípios no desenvolvimento estadual e a necessidade de fortalecer o diálogo entre governo e prefeituras.
“Todos os secretários, de alguma forma, são agentes políticos, mas ninguém é obrigado a se filiar. Eles vieram porque se sentem à vontade. O PP representa continuidade e renovação dentro de um mesmo projeto de desenvolvimento”, afirmou o governador.
Riedel também comentou a filiação do secretário de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez, que ingressou no PP há cerca de 20 dias.
Tereza Cristina reforça tom eleitoral
Coube à senadora Tereza Cristina, principal liderança da legenda em Mato Grosso do Sul, dar as boas-vindas aos novos filiados e reforçar o caráter eleitoral do encontro. “Estamos juntos nessa caminhada. O projeto do nosso partido está definido: fortalecer o governador, eleger o ex-governador Reinaldo Azambuja como senador e consolidar o PP como força protagonista no Estado”, afirmou.
A senadora destacou ainda que a legenda já trabalha com planejamento antecipado para as eleições de 2026, buscando ampliar sua representação nas câmaras municipais e no Congresso Nacional.
Gerson Claro fala em arco de alianças
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro, ressaltou que o evento marcou o início de uma nova fase do Progressistas em Mato Grosso do Sul. “Estamos montando um arco de alianças para manter o projeto político que elegeu Riedel e vai impulsionar o PP nas próximas eleições. A política precisa se oxigenar, e esse movimento fortalece nosso grupo”, declarou.
Claro ponderou que o partido deve continuar dialogando com lideranças locais em busca de equilíbrio político e fortalecimento da base municipal.
Reconfiguração partidária no Estado
A movimentação do PP ocorre em meio à debandada de tucanos que acompanhavam o ex-governador Reinaldo Azambuja, agora filiado ao PL. Com isso, o PSDB perde 19 prefeitos para o PL e quatro para o PP, ficando com 22 administrações municipais.
O PL, que tinha cinco prefeituras, passou a 24 após a chegada dos novos aliados de Azambuja, mas ocupa apenas o terceiro lugar em número de eleitores representados (17%), atrás do PP e do PSDB.
O MDB, que havia eleito dez prefeitos, agora tem oito, e o PSB mantém apenas a Prefeitura de Corumbá, ambos com cerca de 3% do eleitorado estadual. O PSD soma quatro prefeituras e 1,8% do total de eleitores.
Com o crescimento progressista e a chegada de novas lideranças estratégicas, o evento deste sábado consolidou o PP como um dos principais polos de articulação política rumo às eleições de 2026, sob a coordenação de Tereza Cristina e Eduardo Riedel.