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segunda-feira, 25 de agosto, 2025
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Quaest: maioria dos brasileiros considera justa prisão domiciliar de Bolsonaro

A maioria dos brasileiros considera justa a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Levantamento da Quaest, encomendado pela Genial Investimentos, aponta que 55% dos entrevistados apoiam a medida, enquanto 39% a classificam como injusta. Outros 6% não souberam ou não responderam.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 13 e 17 de agosto.

A prisão domiciliar foi decretada em 4 de agosto, após descumprimento de medidas cautelares impostas junto ao uso da tornozeleira eletrônica. Entre as restrições estava a proibição de fazer postagens em redes sociais. Moraes considerou que Bolsonaro teria participado de chamadas de vídeo com apoiadores em atos políticos no dia 3 de agosto, interpretadas como descumprimento da decisão judicial.

Perfil dos entrevistados

O apoio à medida é maior entre os que se identificam como de esquerda, mas não lulistas (93%), entre os que votaram em Lula no 2º turno de 2022 (84%), moradores do Nordeste (65%), pessoas com renda de até dois salários mínimos (62%), católicos (62%), jovens de 16 a 34 anos (59%), mulheres (58%) e entrevistados com ensino fundamental (56%).

Já a percepção de que a prisão é injusta predomina entre os bolsonaristas (87%), eleitores de Bolsonaro no 2º turno de 2022 (83%) e evangélicos (57%).

Percepção sobre as motivações

Questionados sobre o motivo das chamadas de vídeo, 57% acreditam que Bolsonaro agiu de forma proposital para provocar Moraes, enquanto 30% avaliam que ele não compreendeu bem as regras impostas. Outros 13% não souberam responder.

Outros dados da pesquisa

  • 84% afirmaram saber que Bolsonaro está em prisão domiciliar;
  • 52% acreditam que o ex-presidente participou do plano de tentativa de golpe, contra 36% que discordam;
  • 86% dizem estar cientes de que Bolsonaro será julgado pelo Supremo, número maior que os 73% registrados em março.

O julgamento no STF está marcado para o dia 2 de setembro.

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