Publicado em 22/05/2017 18h02
Reinaldo diz que citação na delação da JBS é retaliação à mudança na política de incentivos
Reinaldo Azambuja (PSDB) chorou ao falar sobre a vida pública durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (22).
G1 MS
O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (22), que a relação com a JBS é institucional e diz acreditar que a citação feita na delação do dono da JBS Wesley Batista é uma retaliação à mudança na política de incentivos fiscais.
A JBS informou que não vai se manifestar sobre a declaração de Azambuja.
Wesley Bastista afirmou que pagou propina para o atual governo. O esquema teria começado em 2003 com o governador Zeca do PT e continuado na gestão de André Puccinelli (PMDB). O Grupo JBS recebia descontos nos impostos estaduais em troca do pagamento de propina.
Em outro momento, o empresário garantiu que outras empresas também adotaram a prática de pagar propina em troca da redução de impostos.
“Nós mudamos a política de incentivo no estado e dobrados recolhimento com a JBS. Em 2014 eram R$ 40 milhões e em 2016 passou para R$ 70 milhões”, disse Azambuja.
O chefe do Executivo estadual disse que se reuniu diversas vezes com os donos da JBS para discutir investimentos da empresa em Mato Grosso do Sul e que a última reunião foi na semana passada, quando esteve na sede da empresa em SP para discutir ampliação da linha 2 da Eldorado.
Azambuja ainda afirmou que cabe ao governador responder a todas as denúncias, mas, cabe aos delatores, provar. “Apresentar planilha de Excel sem leniência alguma não prova nada”, afirmou.
Segundo o governador, Mato Grosso do Sul tem 1.199 termos de política de incentivo, sendo que 31 deles são com frigoríficos.
