Publicado em 22/03/2017 08h30
Relatório do TCE revela ineficiência e ineficácia da gestão nas unidades de saúde da Capital
O documento foi entregue ontem (21) ao conselheiro Jerson Domingos, responsável pela relatoria, trazendo disgnóstico dos principais problemas encontrados, e apresenta sugestões de encaminhamentos.
Da redação
Auditores concluem relatório depois de força tarefa na Saúde da Capital, apontando os problemas encontrados, e apresentam sugestões de encaminhamentos.
Um dos pontos do relatório revela ineficiência e ineficácia da gestão nas Unidades Básicas de Saúde que poderiam evitar muitos encaminhamentos para os Hospitais. Outra situação encontrada é a falta de comunicação entre os agentes envolvidos gerando insatisfação da população com o atendimento, dos Hospitais com a administração pública tanto Estadual como Municipal, e da Secretaria Municipal de Saúde com as administrações dos Hospitais da Capital.
O conselheiro Jerson Domingos recebeu o documento, fez uma análise prévia das informações levantadas e já tomou uma primeira decisão levar ao conhecimento dos demais conselheiros do TCE para decidir quais ações serão tomadas.
“diante da gravidade da situação vou levar o relatório ao conhecimento dos demais conselheiros do Tribunal de Contas para decidir quais as ações que serão tomadas. Posso adiantar que vai ser necessário reunir todos os agentes envolvidos, no sentido de discutirmos conjuntamente as responsabilidades de cada um e buscar o comprometimento de todos pela eficiência na gestão da saúde pública”
Auditoria
Entre os dias 15 e 17 de março, a Comissão de Auditores do TCE-MS realizou levantamento de dados nas seguintes unidade:
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Associação Beneficente – Santa Casa;
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Hospital Regional de Mato Grosso do Sul;
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Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian –HUMAP;
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Hospital da Mulher, no bairro das Moreninhas;
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Secretaria Municipal de Saúde Pública – SESAU,
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Central de Regulação- SAMU.
A comissão de auditores foi nomeada, assim que o TCE tomou conhecimento de que os hospitais públicos de Campo Grande/MS fecharam os centros emergenciais de atendimento médico-hospitalar, no início deste mês, gerando um verdadeiro caos para a população da Capital e do Estado.
Uma força tarefa multidisciplinar composta por seis servidores, em regime de urgência, realizou uma auditoria na Secretaria Municipal de Saúde do Município de Campo Grande para apurar os fatos que levaram a esta decisão, que coloca em risco à vida de pessoas, sobretudo as mais pobres que dependem, exclusivamente, da Rede Pública de Saúde.
