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Rio de Janeiro: Liberação das toucas ninjas gera críticas de especialistas

31/08/2015 12h45

Rio de Janeiro: Liberação das toucas ninjas gera críticas de especialistas

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-Rio), Marcelo Chalreo afirma que “inauguramos a fase da polícia clandestina”:

EXTRA

A liberação do uso das balaclavas, também conhecidas como toucas ninjas, gerou críticas de especialistas ouvidos pelo EXTRA. Anteontem, o Diário Oficial publicou a Resolução 901, assinada pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, permitindo o uso do acessório em operações das unidades operacionais especiais, desde que consentido por seus comandantes.

— A resolução de 1995 considerava o uso da touca ninja como falta grave. O secretário, com esta decisão, legitima e institucionaliza a anarquia reinante na Polícia Militar — critica o coronel da PM na reserva Paulo César Lopes.

A peça, segundo a Polícia Militar, pode proteger o policial contra “objetos cortantes, fragmentos de rojões, resíduos de gás e até fogo”. O coronel Lopes, no entanto, discorda da posição.

— Isso não protege nada. Só protege a identidade do policial que comete crimes — diz.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-Rio), Marcelo Chalreo afirma que “inauguramos a fase da polícia clandestina”:

— A medida, inclusive, pode ser ilegal por conta do princípio da transparência. Por que o secretário Beltrame tomou esta decisão? Será que é pelo fato de que isto vai dificultar a identificação de policiais envolvidos em crimes?

Resolução foi publicada permitindo o uso de toucas ningas em operações das unidades operacionais especiais Foto: Marcelo Piu / O Globo

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