Publicado em 05/04/2017 17h16 – Atualizado em 05/04/2017 17h16
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A ONU não condenará o ataque químico na Síria. A Rússia saiu em defesa do regime de Bashar al-Assad e mostrou mais uma vez seu poder de bloqueio no Conselho de Segurança da organização. O Kremlin acusou nesta quarta-feira, contra todas as evidências, os rebeldes de esconderem armamento químico. Já o Reino Unido, a França e os Estados Unidos condenaram o bombardeio, que causou a morte de 72 pessoas, entre elas 23 crianças. O próprio secretário-geral da ONU, o português António Guterres, qualificou o ataque como “crime de guerra”. A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou que os sintomas descritos coincidem com os de um ataque com agentes químicos.
Segundo a versão exposta em Moscou pelo porta-voz do Ministério de Defesa russo, Igor Konashenkov, não houve ataque químico por parte das forças de Bashar al-Assad. O que teria ocorrido foi que os gases letais procediam de “um depósito onde os terroristas [rebeldes] guardavam projéteis carregados com agentes tóxicos” e que foi atingido pelos caças do regime. Já Maria Zakharova, porta-voz russa do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, disse que uma proposta de resolução da ONU sobre o incidente é inaceitável, pois “seu defeito é antecipar os resultados da investigação e apontar aos culpados”.
