Reajuste de 7,18% ainda depende do INPC de novembro, que será divulgado na próxima semana
O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (4) a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, que prevê salário mínimo de R$ 1.627 a partir de 1º de janeiro. O valor representa um aumento de 7,18% sobre o piso atual, de R$ 1.518. A confirmação, porém, ainda depende da divulgação do INPC de novembro — indicador que mede a inflação para famílias de menor renda. Os dados serão publicados pelo IBGE na quarta-feira (10).
A LDO define as regras para a elaboração e execução do Orçamento federal. A previsão inicial enviada pelo governo previa um mínimo de R$ 1.630, mas o valor foi revisado após nova avaliação das projeções inflacionárias.
Política de valorização e teto para aumento real
Desde 2023, a política de correção do salário mínimo considera a inflação acumulada até novembro, medida pelo INPC, somada ao crescimento do PIB de dois anos antes. Assim, o piso salarial tem reajuste real, acima da inflação.
No entanto, o arcabouço fiscal estabelece um limite: o ganho real não pode ultrapassar 2,5% acima da inflação. A revisão de R$ 4 para baixo acompanha a expectativa de menor inflação, que será confirmada ou não com o INPC fechado de novembro.
A primeira projeção do governo considerava inflação de 4,78% mais crescimento real de 2,5% do PIB. Já o mercado financeiro projeta IPCA — índice de inflação oficial — de 4,43% para o ano.
Impacto nas contas públicas e na vida dos brasileiros
O salário mínimo serve de base para aposentadorias, pensões e auxílios pagos pelo INSS, além de benefícios como seguro-desemprego, PIS/Pasep e o BPC (Benefício de Prestação Continuada). Por isso, qualquer alteração no valor tem impacto direto nas despesas da União.
Para entrar em vigor em 1º de janeiro, o novo piso salarial ainda precisa ser aprovado na lei orçamentária e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Relembre os últimos reajustes do salário mínimo
- 2025 – R$ 1.518 (7,5%)
- 2024 – R$ 1.412 (6,97%)
- 2023 – R$ 1.320 (8,91%)
- 2022 – R$ 1.212 (10,04%)
- 2021 – R$ 1.100 (5,2%)
- 2020 – R$ 1.045 (4,7%)
- 2019 – R$ 998 (4,6%)
- 2018 – R$ 954 (1,8%)
- 2017 – R$ 937 (6,48%)
- 2016 – R$ 880 (11,6%)




















