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quarta-feira, 10 de setembro, 2025
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Samu Indígena completa um mês com 150 atendimentos, média de 5 por dia

Inaugurada em 9 de agosto de 2025, a primeira unidade do Samu Indígena do Brasil (Samui) melhorou substancialmente o atendimento aos indígenas das etnias Guarani, Terena e Caiuá que vivem na Reserva Indígena de Dourados, encurtando o tempo resposta e, inclusive, dobrando o número de atendimentos diários nas aldeias Jaguapiru e Bororó.

Nos primeiros 30 dias de funcionamento do Serviço na reserva indígena, foram 150 ocorrências atendidas pela equipe, uma média diária de cinco ocorrências, o que equivale a um aumento de 150% em relação à média anterior, que era de duas ocorrência por dia.

Com base própria na área do Hospital da Missão Evangélica Kaiowá, na Aldeia Jaguapiru, o serviço é exclusivo para atendimento da população indígena da maior aldeia urbana do país, com população estimada em 13,5 mil habitantes, segundo o Censo 2022 do IBGE.

O serviço funciona 24 horas e conta com 14 profissionais, incluindo cinco técnicos de enfermagem, cinco enfermeiros e quatro condutores-socorristas. Metade da equipe é formada por indígenas fluentes em português e guarani, o que facilita a comunicação e garante um atendimento culturalmente adequado. 

O coordenador regional do Serviço Móvel de Urgência em Dourados, o médico Otávio Miguel Liston, explica que, agora, o tempo médio de resposta do Samu Indígena após receber a ligação é de 7 minutos, o que representa uma melhora significativa em relação ao cenário anterior, quando as equipes partiam da região central da cidade e levavam mais tempo para chegar às aldeias Jaguapiru e Bororó.

SAÚDE NA COMUNIDADE

A coordenação do Samu lançou nesta terça-feira (9) o projeto Saúde na Comunidade, que consiste em ações de promoção da saúde, educação e conscientização que o SAMU 192 realiza nas comunidades. A ação teve início com visita à unidade básica de saúde da aldeia Jaguapiru, onde conversaram com a equipe de enfermagem e demais profissionais, passando orientações sobre o Serviço e esclarecendo dúvidas.

“Conversamos com o enfermeiro, com a técnica de enfermagem, toda a equipe de enfermagem e recepção, mostrando como funciona o serviço, como é o acionamento, enfatizando a importância do chamado ser passado por uma regulação médica para que o médico possa definir qual o recurso de empenhar na ocorrência”, explica o coordenador Otávio Miguel.

Samu Indígena completa um mês com 150 atendimentos, média de 5 por dia

Segundo ele, a visita foi também uma oportunidade para a troca de ideias e “isso é importante para que o Serviço esteja cada vez mais próximo da comunidade, para que o pessoal conheça o nosso trabalho e a importância do Samui e que estamos sempre à disposição deles”. A ação será estendida às demais unidades de saúde da reserva indígena, como forma de agregar em qualidade de serviço prestado para à comunidade.

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