Santa Casa realiza primeira captação de órgãos e tecidos do mês e a quarta do ano

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A Santa Casa de Campo Grande, através da Organização de Procura de Órgãos (OPO) realizou ontem (4), a primeira captação de órgãos e tecidos do mês e a quarta do ano. O doador, um paciente do interior do Estado, que estava internado no hospital devido a um Acidente Vascular Encefálico (AVE) hemorrágico, evoluiu para morte encefálica esta semana.

Os familiares do paciente foram acolhidos pelos profissionais da OPO e autorizaram a doação de órgãos e tecidos. O coordenador do setor, enfermeiro Rodrigo Gomes, enfatizou que o atendimento humanizado no hospital, desde a entrada do paciente, é o primeiro passo para que as famílias enlutadas entendam a importância desse gesto que salva diversas vidas.

“Nós agradecemos às famílias que, a partir dessa autorização, possibilitam a melhora e a qualidade de vida dos pacientes que estão em fila aguardando por um órgão. Sem essa consciência, não seria possível realizarmos essa transformação na vida de outros pacientes e familiares”, disse Rodrigo.

O fígado captado foi enviado para o Distrito Federal em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). Um dos rins foi compatível com um paciente em Brasília e também foi encaminhado, horas depois, para o DF em voo comercial. O outro rim foi disponibilizado para uma paciente do interior de Mato Grosso do Sul que aguardava há um ano na fila de transplante, com um quadro grave de insuficiência renal. Já as córneas captadas foram disponibilizadas para o Banco de Olhos da Santa Casa, que atende principalmente às demandas da urgência e emergência da oftalmologia.

Do início do ano até agora, as doações de órgãos registradas na Santa Casa de Campo Grande somam 8 rins, 3 fígados e 3 corações.

A Santa Casa explica que o processo de doação começa a partir da confirmação de morte encefálica constatada por meio de exames protocolares. A equipe da OPO faz o acolhimento dos familiares e posteriormente a abordagem sobre a possibilidade da doação. Sendo de interesse dos familiares, o próximo passo é a busca de possíveis receptores. Não existindo condições de transplante no Estado, a busca é realizada no Sistema Nacional de Transplantes, por meio da CET, Central Estadual de Transplante.