A preocupação com a saúde alcança o maior índice em 2 anos e se consolida como a área que o governo deveria dar mais atenção na opinião do brasileiro, segundo entrevistados
Pesquisa do Radar Febraban, feita em outubro e divulgada nesta segunda-feira (18) indica que, para 33%, a saúde deve ser a prioridade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um aumento de três pontos percentuais em relação à pesquisa de setembro e quase o dobro do registrado em dezembro de 2022 (17%). Esse é o maior índice alcançado pelo item saúde nos últimos dois anos. A demanda é ainda mais expressiva entre pessoas com menor escolaridade (40%), renda mais baixa (39%), residentes na região Norte (39%) e mulheres (38%).
“A saúde alcança nessa edição o maior percentual entre as prioridades (33%) em uma lista de doze áreas avaliadas pelo levantamento. Não é surpreendente que os brasileiros mais pobres e com menor nível de escolaridade demandem maior atenção do governo federal à saúde”, afirma Marcela Montenegro, diretora técnica do IPESPE.
Emprego, educação e inflação também preocupam
O estímulo ao emprego e renda aparece como a segunda maior prioridade no levantamento, com 21%, uma ligeira queda em relação aos 22% registrados em setembro. Já a educação ocupa o terceiro lugar, sendo apontada por 13% dos entrevistados, um aumento de dois pontos percentuais. A preocupação com a educação é mais evidente entre jovens de 18 a 24 anos (21%).
Inflação e custo de vida surgem em quarto lugar, mencionados por 10% dos participantes, um ponto percentual a menos em comparação com o levantamento anterior. Esse tema é mais citado por pessoas com formação universitária (14%) e renda superior a cinco salários mínimos (14%).
Segurança e meio ambiente empatam em quinto lugar
Com a diminuição das queimadas no país, as menções ao meio ambiente caíram três pontos percentuais, empatando com a segurança pública em quinto lugar, ambas com 7%.
O levantamento, realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), ouviu 2 mil pessoas nas cinco regiões do Brasil.