Ato do PT, PSOL e movimentos aliados denuncia PL da Dosimetria e busca pressionar Congresso e Senado
Neste domingo (14), Campo Grande será palco de um ato em defesa da democracia e contra a impunidade. Convocado pelo PT e PSOL, em parceria com movimentos sociais, sindicatos e aliados do campo democrático popular, o protesto acontece a partir das 8h, na esquina da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho, com o lema: “Congresso Inimigo do Povo – Sem Anistia para Golpistas”.

A mobilização se dá em resposta à aprovação do Projeto de Lei da Dosimetria na Câmara dos Deputados, na madrugada de quarta-feira (10), que reduz as penas dos envolvidos nos ataques aos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e militares já julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O PL, que altera o artigo 112 do Código de Processo Penal, pode reduzir a pena de Bolsonaro de 27 anos e 3 meses para apenas 2 anos e 4 meses, facilitando ainda a progressão de regime para outros condenados.
O ato em Campo Grande segue o movimento nacional, com manifestações confirmadas em pelo menos 49 cidades de todas as regiões do país. Parlamentares da base progressista, como a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), reforçam a importância da participação popular. “É hora de mostrarmos mais uma vez que o povo brasileiro não aceita a anistia nem a redução de pena para quem atentou contra a nossa democracia”, afirmou.
O presidente do PSOL em Mato Grosso do Sul, Lucien Rezende, destacou a relevância da união das forças de esquerda: “Temos que devolver o Congresso para o povo. É preciso mostrar a insatisfação das pessoas contra a aprovação da anistia disfarçada de redução de pena”, afirmou.
O ato também terá como foco a PEC do Marco Temporal, recentemente aprovada no Senado, que gera controvérsia ao limitar os direitos territoriais dos povos indígenas, reforçando a agenda de defesa da democracia e dos direitos civis.
Os organizadores pedem que os participantes levem bandeiras, cartazes e muita energia para pressionar por justiça e transparência, reafirmando que a democracia e os direitos conquistados não podem ser ameaçados.













