Sequestro de Pedrinho teve participação de funcionários e empregada da família

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Publicado em 20/08/2017 06h49

Sequestro de Pedrinho teve participação de funcionários e empregada da família

Seis suspeitos foram apresentados para a imprensa na noite de sábado (19)

Da redação

Seis pessoas, sendo três funcionários da família do garoto Pedro Urbieta Aguilar, de 12 anos, foram presas na tarde deste sábado (19) pela Polícia Nacional do Paraguai, acusados de participar no sequestro do estudante. As informações foram divulgadas na noite deste sábado (19) pela polícia paraguaia.

O sequestro foi orquestrado por dois são funcionários em uma das empresas do pai do garoto, identificados como Pedro Luís Samúdio e Gustavo Alberto Iturbe Valdez e pela empregada doméstica Eunice Ojeda Sanches, que trabalha na casa da família da vítima. Ela seria esposa de um dos presos.

Os outros suspeitos presos são César Sebastian Ojeda Sanches, filho de Luís Samúdio, Américo Sanches e Vicente Ramon Pereira Arce, que cumpre pena na Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero e era quem fazia as ligações para a família.

A operação foi chefiada pela Polícia Nacional do Paraguai e teve participação de equipe do Garras (Delegacia Especializada de Repreensão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) e policiais civis de Ponta Porã.

Em entrevista coletiva, policiais paraguaios e brasileiros que trabalham nas investigações disseram que a o trabalho conjunto dos dois países acabou assustando os criminosos. Eles disseram também que as investigações continuam e que pode haver mais prisões.

Pedrinho é filho de Alexandre Reichardt de Souza, dono de uma loja de materiais de construção em Ponta Porã. O menino é sobrinho do ex-prefeito da cidade, Bruno Reichardt, e do ex-ministro do Paraguai Paulo Reichardt. As famílias são tradicionais na região.

O Sequestro

Pedrinho foi levado por três homens armados na manhã de quinta-feira (17), quando seguia com o motorista da família para a escola e libertado por volta das onze da noite do mesmo dia.

Os sequestradores pediram R$ 1 mi de resgate, mas informações são conta que o valor pago foi bem menor que isso.

Os policiais negam que houve o pagamento pela liberdade do estudante. Segundo eles, os sequestradores se sentiram pressionados pela mobilização de forças policiais e decidiram libertar o estudante. “Todas as polícias se mobilizaram, inclusive no Paraguai”, afirmou.

Certa quantia em dinheiro em notas de dólares foi apreendida com um dos sequestradores. Não se sabe se esse dinheiro é parte do pagamento do resgate.

Os suspeitos do sequestro foram apresentados na noite de ontem (19) - Divulgação

Pedrinho ao lado da mãe após ser liberado pelos sequestradores (Foto: Direto das Ruas)