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sexta-feira, 26 de abril, 2024
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SES emite alerta sobre Febre Maculosa, que pode ocorrer em MS

A Vigilância Epidemiológica da SES-MS (Secretaria de Estado de Saúde) de Mato Grosso do Sul, emitiu nesta terça-feira (25), um alerta à população sobre a possível ocorrência de mais uma doença no Estado, a Febre Maculosa. O comunicado é para prevenção, pois a transmissão vem carregada em Capivaras, que são comuns em várias partes de MS e urbanas em Campo Grande. A SES aponta que no Estado, não há casos a mais de três anos, mas emitiu a preocupação devido a confirmação de morte pela doença em um homem de 33 anos na cidade Itaúna-Minas Gerais.

A doença é transmitida pela picada do carrapato-estrela, cujo principal hospedeiro é a capivara, comum não somente naquela cidade, como também em cartões-postais da Capital e em outras localidades de Mato Grosso do Sul. O óbito ocorreu no dia 28 de abril, apenas um dia após a internação do paciente no município de Itaúna (MG). Os primeiros sintomas da doença apareceram cinco dias antes, no dia 23, de acordo com a secretaria de Saúde daquele município.

Conforme especialistas, a febre maculosa é causada pela picada de carrapatos infectados com a bactéria Rickettsia rickettsii, e pode causar inflamação do cérebro, paralisia e insuficiência respiratória ou renal, além de afetar órgãos como o coração, fígado, baço, pâncreas, colocando em risco a vida do paciente. Os principais sintomas são febre alta, mal-estar generalizado, dores de cabeça e abdominais, náusea, vômito, diarreia e manchas avermelhadas pela pele.

Segundo o gerente técnico de Zoonoses da SES, Rafael Ovidio de Oliveira, o último caso registrado da doença em Mato Grosso do Sul foi em fevereiro de 2018, em um homem de 34 anos, residente em Campo Grande e com histórico de viagem para área rural do município de Sidrolândia.

Tem cura, mas tem tratar no inicio

Segundo Oliveira, a Febre Maculosa tem cura, mas o tratamento apropriado deve ser iniciado logo após o surgimento dos primeiros sintomas.

“O diagnóstico é realizado principalmente por meio de exames de sangue (PCR ou Sorologia), já as formas de prevenção da doença incluem uso de calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas, assim como roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro; evite andar em locais com grama ou vegetação alta; use repelentes; quando estiver em área de risco, a cada três horas, verifique se há a presença de algum carrapato em seu corpo”, conclui.

Assim, a população tem que redobrar os cuidados para ficar perto dos bonitos animais, a Capivara, nos parques e lagoas/lagos da Capital.

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