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terça-feira, 11 de novembro, 2025
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Setor privado ganha destaque na COP30 com foco em implementação de políticas

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, está abrindo um espaço inédito para a atuação do setor privado. A participação de representantes da indústria nas discussões é vista como crucial para o avanço das políticas climáticas.

O diretor de sustentabilidade da Fiems, Robson Del Casale, está em Belém (PA) para representar a entidade no estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI), presente na Blue Zone da COP30. Ele conversou com lideranças sobre o papel do setor privado nas discussões globais sobre mudanças climáticas.

O embaixador André Correa do Lago, presidente da COP30, destacou a importância da presença da indústria brasileira nos debates. 

“Países como o Brasil estão mostrando o caminho porque estamos nos antecipando em respostas que já incorporam a dimensão da sustentabilidade e dos eventos extremos Essa é uma grande vantagem dos países em desenvolvimento”, afirmou.

A maior representação do setor privado dentro da COP é a SBCOP, uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ricardo Russell, presidente da SBCOP, ressalta que a organização congrega entidades congêneres da CNI de 68 países, representando 41 milhões de empresas.

Essa é uma COP que está tendo mais abertura para o setor privado. Isso acontece porque essa é uma COP onde está se falando menos de negociação e mais de implementação. E quem vai implementar as políticas é o setor privado. Então, na prática, a COP foi muito assertiva ao abrir espaço para o setor privado participar. Temos uma chance clara de influenciar as discussões”, afirmou Russell. 

A grande questão é como as decisões da COP30 chegam até o micro e pequeno empresário e como estimular boas práticas.

“Muito do que é discutido aqui vai ditar o caminho dos investimentos que vão determinar o que a indústria vai investir. A forma que a gente tem de influenciar na conversa é pegar os bons exemplos e levar para o gestor público. “Para mim, hoje, a melhor forma de fazer isso é articulando através das suas confederações”, concluiu o presidente da SBCOP.

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