O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participou neste domingo (7) de um ato na Avenida Paulista em que criticou duramente o ministro do STF Alexandre de Moraes, afirmando que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes”. Durante o discurso, Tarcísio também pediu a devolução do caderno de sermões do pastor Silas Malafaia e de seu passaporte, em referência a medidas tomadas pelo Judiciário.
O governador, cotado para disputar a presidência em 2026, reafirmou apoio a Jair Bolsonaro (PL), mesmo com o ex-presidente inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Só tem um candidato para nós, que é Jair Messias Bolsonaro. Eu tenho certeza que ele, indo para a urna, vai vencer as eleições”, declarou.
Tarcísio defendeu ainda uma anistia ampla para incluir Bolsonaro e outros condenados por tentativa de golpe de Estado. “Essa festa não está completa porque Jair Messias Bolsonaro não está conosco”, disse, enviando também um recado ao presidente da Câmara, Hugo Motta, para pautar o tema.
O governador criticou o julgamento do chamado “núcleo crucial do golpe”, que envolve Bolsonaro e outros sete réus. Segundo ele, a defesa dos réus apontou cerceamento de defesa, sugerindo falta de imparcialidade no processo. “Nós não vamos aceitar que nenhum ditador diga o que a gente tem que fazer. É tudo muito frágil, como vamos admitir uma condenação? Só há uma forma de resolver isso: anistia”, afirmou.
O ato contou com a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e reuniu manifestantes desde antes do meio-dia, que exibiam faixas pedindo a votação da anistia e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Alguns participantes estenderam uma bandeira dos Estados Unidos em frente ao MASP, enquanto o Partido Novo levou um boneco inflável de Luiz Inácio Lula da Silva vestido de presidiário e um ovo inflável com a frase “Perdeu, mané”, em referência ao ministro Moraes.
