“Tenho um preço para não ir até o fim”, diz Flávio Bolsonaro sobre pré-candidatura

25
(Foto: Reprodução/Band)

Após anúncio da candidatura, senador condiciona continuidade à negociação com Congresso e partidos

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou neste domingo (7), em Brasília, que há a possibilidade de não levar adiante sua pré-candidatura à Presidência da República, mas que a decisão depende de um “preço” que será negociado. Questionado se isso se relaciona à pauta da anistia, ele se limitou a dizer que o tema “estava quente”, sugerindo que poderia ser um dos pontos de negociação.

A declaração foi feita após Flávio participar de uma cerimônia religiosa na Comunidade das Nações, seu primeiro evento público após o anúncio de que foi escolhido pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para dar continuidade ao projeto político bolsonarista nas eleições de 2026.

“Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim. Eu tenho um preço para não ir até o fim. Eu vou negociar”, disse o senador, sem detalhar o valor ou condições desse acordo.

União da direita e centrão

Flávio negou que haja fragmentação na direita após seu lançamento como pré-candidato e afirmou que a reação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi positiva. Ele destacou ainda a intenção de buscar apoio de partidos do chamado “centrão” e anunciou encontros nesta segunda-feira (8) com líderes do PL, PP, União e Republicanos.

“Está todo mundo junto para tirar essa ameaça à democracia e às famílias brasileiras”, afirmou. Segundo ele, a pauta da anistia também será levada ao Congresso: “Espero que a gente paute nessa semana a anistia e deixe o pau cantar no voto no Plenário. Isso é democracia”.

Reação do mercado e estratégia política

O anúncio da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro gerou repercussão no meio político e econômico. O mercado reagiu negativamente, com queda da bolsa e valorização do dólar, refletindo incertezas sobre o cenário político e econômico futuro.

Flávio minimizou a reação, afirmando que se trata de uma análise precipitada e defendendo sua imagem como um político “mais centrado”, capaz de buscar pacificação no país.

“Tenho a possibilidade, com essa exposição, de mostrar um Bolsonaro diferente, que conhece Brasília, conhece política e quer pacificação, diferente do que estamos vendo no atual governo”, disse.