Mato Grosso do Sul aparece entre os estados com melhores índices de segurança viária no Brasil, segundo levantamento divulgado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV). O estudo IRIS (Indicadores Rodoviários Integrados de Segurança) avaliou os 26 estados e o Distrito Federal com base em sete pilares do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans).
O Distrito Federal lidera o ranking nacional, com quatro pontos em cinco possíveis, seguido pelo Rio Grande do Sul (3,86) e por Goiás, Paraná e Rio de Janeiro (3,71). Mato Grosso do Sul obteve 3,29 pontos, empatando com o Ceará e Rondônia, e se consolidando como referência no Centro-Oeste em termos de segurança no trânsito.
Segundo o IRIS, a posição de MS é reflexo do desempenho positivo em pilares como Gestão da Segurança no Trânsito, em que o estado alcançou 7,7 pontos, e Vias Seguras, com 8,1 pontos, ficando atrás apenas de São Paulo e Distrito Federal. Esses indicadores analisam, respectivamente, a governança viária, qualidade dos dados de acidentes e condições de pavimento e sinalização das rodovias.
No pilar de Educação para o Trânsito, o estado também se destacou, com avaliação de 8,2 pontos, demonstrando avanços na conscientização de motoristas e fiscalização efetiva. Apesar de não liderar em todos os critérios, a avaliação mostra que Mato Grosso do Sul está à frente de estados tradicionalmente mais populosos, reforçando os esforços locais na segurança viária.
O estudo IRIS ressalta, no entanto, que estados com baixo registro de infrações nem sempre são exemplos de segurança, podendo refletir falta de fiscalização. O levantamento evidencia desigualdades regionais: enquanto Sul, parte do Centro-Oeste e DF apresentam os melhores indicadores, estados da Região Norte ocupam as posições mais baixas, como Amazonas, Pará e Amapá.
“O objetivo é transformar os dados em informações que possibilitem melhor gestão do trânsito em cada estado”, explica o Observatório Nacional de Segurança Viária. Para Mato Grosso do Sul, o levantamento reforça a necessidade de manter e expandir políticas de fiscalização, educação e infraestrutura, consolidando o estado como referência na região.