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quarta-feira, 1 de outubro, 2025
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Três adolescentes são apreendidos em Dourados por planejar massacre em escola indígena

Três adolescentes, com idades entre 12 e 14 anos, foram apreendidos na terça-feira (30) pela Guarda Municipal de Dourados após serem flagrados portando armas brancas e itens usados para disfarce. O grupo, todos indígenas e estudantes da Escola Municipal Francisco Meireles, localizada na Reserva Indígena de Dourados, planejavam realizar um massacre contra uma professora e colegas de classe.

Segundo informações do Dourados News, a apreensão ocorreu por volta das 9h30, após denúncia recebida por um monitor da escola. Ao inspecionar as mochilas dos adolescentes, foram encontrados facas, facão (machete), balaclavas, luvas e calças camufladas. Dois deles ainda exibiam em seus braços desenhos de suásticas nazistas, caracterizando apologia ao nazismo.

A delegada Andreia Alves Pereira, titular da Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e Idoso (Daiji), confirmou que os menores confessaram a intenção de cometer o ataque, inspirado em vídeos violentos assistidos na internet. “Dois dos adolescentes desenharam símbolos nazistas no braço e relataram que a ideia surgiu após verem uma notícia sobre massacre em escola. Um deles convidou os outros para participar”, afirmou.

O plano

Conforme apurado, os jovens vinham arquitetando a ação há dias. Entre as táticas discutidas estavam agir em silêncio, posicionar-se de costas para a parede e revezar entradas e saídas das salas em momentos estratégicos, como o intervalo. O principal alvo seria uma professora de Geografia, além de alunos da unidade.

A suspeita ganhou força quando a própria professora percebeu comportamento estranho dos três, que estavam encapuzados e isolados da turma. Outro docente encontrou resistência ao pedir que um deles abrisse a mochila, onde estavam escondidas as armas. Diante da recusa, a direção acionou a Guarda Municipal, que realizou a apreensão.

Decisão judicial

Após serem conduzidos à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), os adolescentes foram apresentados à Vara da Infância e Juventude. O juiz Eguiliell Ricardo da Silva determinou que eles permaneçam em cela da Depac por cinco dias, até a transferência para a Unei (Unidade Educacional de Internação).

Investigação

A polícia investiga a origem dos materiais apreendidos, o possível envolvimento de terceiros e a influência de conteúdos extremistas consumidos na internet. Apesar da gravidade do caso, ninguém ficou ferido.

As autoridades reforçaram a importância de denúncias rápidas e da atuação preventiva para evitar tragédias em ambiente escolar.

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