O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou a pressão sobre o regime de Nicolás Maduro neste sábado (20). Em publicação na rede Truth Social, o republicano exigiu que a Venezuela aceite o retorno de todos os prisioneiros que, segundo ele, foram forçados a entrar nos EUA. Caso contrário, afirmou, “o preço a pagar será incalculável”.
Trump não especificou a quais prisioneiros se referia, mas disse que entre eles estariam “pessoas de instituições mentais”. Ele também não detalhou quais medidas pretende adotar caso Caracas não atenda à exigência.
A nova declaração ocorre em meio a uma série de ações militares e acusações contra o governo venezuelano. Na noite de sexta-feira (19), Trump divulgou outro vídeo mostrando o ataque a um barco que, de acordo com ele, transportava drogas em águas internacionais, dentro da área de responsabilidade do Comando Sul dos EUA.
“O ataque matou três narcoterroristas do sexo masculino a bordo da embarcação”, escreveu, destacando que a operação mirava o tráfico de fentanil e outros entorpecentes destinados ao território norte-americano.
Nos últimos dias, Trump tem intensificado o discurso contra a Venezuela. No início da semana, alertou Caracas a “parar de enviar gangues” para os Estados Unidos. Segundo ele, o Exército americano já havia destruído três embarcações ligadas ao narcotráfico.
O primeiro ataque foi registrado em 2 de setembro, contra um barco supostamente vinculado à gangue Tren de Aragua, que deixou 11 mortos. Em 15 de setembro, outro episódio anunciado pelo presidente resultou em três mortos. Na terça-feira (17), falando a repórteres em frente à Casa Branca, Trump declarou que foram três embarcações destruídas no total, não apenas duas, como havia dito antes.
As ameaças e operações militares ampliam a tensão entre Washington e Caracas, em um momento em que os Estados Unidos também reabriram uma base militar desativada no Caribe, reforçando a presença estratégica na região.