Um levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) aponta que, no primeiro semestre de 2025, foram compensados 50 milhões de cheques no Brasil, movimentando R$ 211 bilhões. O número representa queda de 21,9% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram processados 64 milhões de cheques, que totalizaram R$ 236 bilhões.
Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Compensação de Cheques e Outros Papéis (Compe), mecanismo interbancário regulado pelo Banco Central do Brasil, responsável por processar e liquidar cheques e outros documentos de crédito.


Apesar da redução no volume de transações, o valor médio dos cheques aumentou 14,2% no período, indicando que os brasileiros ainda utilizam este meio de pagamento em transações de maior valor. Em 2025, o valor médio dos cheques compensados foi de R$ 4.118, contra R$ 3.606 em 2024.

“O cheque ainda é mantido por comerciantes para parcelamentos ou como forma de crédito e pagamento a fornecedores”, explicou Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços e Segurança da Febraban.
Segundo Faria, mais de 50% dos cheques emitidos são pelas empresas, geralmente em função da relação de confiança com fornecedores e maior prazo para pagamentos. Entre pessoas físicas, o cheque continua sendo usado tanto pela confiança entre clientes e lojistas quanto pela possibilidade de obter melhores condições de pagamento, como descontos e prazos maiores, além de não exigir limite de crédito disponível.
