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quinta-feira, 31 de julho, 2025
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Vazamento de dados atinge mais de 11 milhões de chaves Pix no sistema do Judiciário

O Banco Central (BC) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) confirmaram, nesta quarta-feira (24), um incidente de segurança eletrônica que provocou o vazamento de dados cadastrais vinculados a chaves Pix no Sisbajud (Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário). Os acessos indevidos ocorreram entre os dias 20 e 21 de julho e afetaram 11.003.398 pessoas.

Segundo o comunicado oficial, foram expostos dados como nome do titular, chave Pix, banco de relacionamento, número da agência e número da conta. Apesar do volume expressivo de registros, o Banco Central garantiu que nenhuma informação sensível foi comprometida, como senhas, saldos ou movimentações bancárias. “As informações obtidas são de natureza cadastral e não permitem movimentações de recursos ou acesso direto às contas bancárias”, afirmou o BC.

Maior vazamento da série histórica

Este é o 21º incidente de segurança relacionado ao Pix desde o lançamento do sistema de pagamentos instantâneos. Até então, o total de dados vazados somava pouco mais de 1 milhão. Com o episódio atual, esse número salta para mais de 12 milhões de registros expostos, tornando este o maior vazamento da série histórica.

Mesmo não sendo exigido legalmente, o Banco Central optou por tornar público o episódio, alegando compromisso com a transparência. “Foram adotadas todas as ações necessárias para a apuração detalhada do caso”, informou o BC em nota publicada no site oficial.

Polícia Federal e ANPD foram acionadas

O CNJ informou que acionou a Polícia Federal e a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) para investigar o ataque e reforçou que medidas de segurança foram imediatamente adotadas para conter o incidente.

O Conselho também ressaltou que não utilizará canais como e-mail, SMS ou ligações para entrar em contato com os usuários afetados e que um canal oficial de consulta será disponibilizado em breve no site do CNJ.

Apesar de os dados vazados não permitirem movimentações bancárias, especialistas alertam para possíveis tentativas de golpes utilizando engenharia social, como fraudes por meio de mensagens e ligações falsas, aproveitando a exposição dessas informações básicas.

Recomendações de segurança

O CNJ reforçou que os cidadãos fiquem atentos às orientações de segurança já amplamente divulgadas pelos bancos, como:

  • Nunca clicar em links enviados por desconhecidos;
  • Não fornecer dados pessoais por telefone;
  • Utilizar autenticação em dois fatores nos aplicativos bancários;
  • Consultar regularmente movimentações e limites de segurança das contas.
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