As chamas assustam. São como tsunami se aproximando das casas e empresas que estão ao lado. Não tem a força destrutiva de uma onde gigantesca para arrastar tudo que está no seu caminho, mas provoca a fumaça sufocante e o calor infernal. Em questão de minutos, a área antes tomada pela vegetação seca se transforma em cinzas e até uma árvore que clamava por um pouco de chuva é assassinada pelo fogo.
Foi isso o que aconteceu durante a tarde e noite de sexta-feira (19), nos fundos do Instituto Educandário Getúlio Vargas, entre as Avenidas Coronel Antonino e Capital, no bairro Cruzeiro. Imagens compartilhadas com a nossa redação mostram funcionários da distribuidora de peças DPK combatendo os focos com uma mangueira.
Nas ruas, motoristas e pedestres ficaram assustados e impressionados com a altura das chamas em um local que não é tão comum. O calor e a estiagem que afetam a cidade há dias favorecem incêndios urbanos dessa magnitude. Pelo alto, um amarelo avermelhado pôde ser visto iluminando a região.
O Corpo de Bombeiros foi deslocado para o combate, usando abafadores e água. Essa foi apenas mais uma área que pegou fogo na Capital. Nos últimos meses, tornou-se algo rotineiro que até aviões de pequeno porte passaram a ser usados em lugares mais extensos, como ocorreu no bairro Jardim das Cerejeiras no início do mês.
Até o momento, ainda é um mistério o surgimento do incêndio nos fundos do Educandário. A região, segundo moradores, é frequentada por andarilhos e usuários de drogas e a suspeita é de que algum destes tenha provocado as chamas, que rapidamente se espalharam por todo terreno.