Mais um caso de violência doméstica em Mato Grosso do Sul foi encerrado por meio de um pedido inusitado feito pela vítima para a Polícia Militar. A ocorrência foi registrada na terça-feira (02) e as informações compartilhadas nas redes sociais.
Conforme consta, a mulher de 25 anos conseguiu enganar o marido pedindo um táxi. O casal residia em uma fazenda no distrito de Vista Alegre, em Maracaju, e tinha entrado em desavença, sendo a vítima agredida e ameaçada pelo autor.
Ela conseguiu enviar mensagens no WhatsApp pessoal do tenente-coronel Nelson Vieira Tolotti, comandante do batalhão local. No momento dos fatos, ele estava participando de uma reunião e chegou a informar sobre isso, até que a mulher confirmou.
“Informei que era Policial Militar, não taxista e ela falou, é isso mesmo. No fundo, notei uma voz masculina, a voz dela estava bem trêmula também e ai quando o cara gritou para que ela colocasse no viva voz, ai eu entendi”, detalhou o coronel à imprensa.
A mulher enviou a localização exata da fazenda, a cerca de 60 km do centro de Maracaju, e rapidamente a PM enviou a viatura para fazer o resgate. Ela foi encontrada com marcas de agressão, junto ao marido, que estava armado com um facão e um martelo.
A vítima afirmou ainda que já havia sofrido agressões anteriores, como puxões de cabelo e tapas. Posteriormente, foi encaminhada para o Hospital Soriano de Maracaju, onde passa por exames, fins de analisar a gravidade das agressões.
Diante dos fatos, ele foi preso em flagrante e levado para a Delegacia de Polícia de Maracaju. Ainda segundo as autoridades, a vítima já tinha uma medida protetiva contra o agressor, por violência doméstica registrada em fevereiro de 2025.
Confira a troca de mensagens entre a vítima e o coronel da PM:
– “Bom dia, gostaria de pedir um táxi”, inicia a mulher
– “Bom dia. Eu sou policial militar, tem certeza que a senhora ligou corretamente?”, questiona o policial.
– “Sim, é um táxi mesmo que eu quero pedir”.
– “A senhora está bem? Responde pra mim se a senhora está bem.
– “Não moço, não. Mas eu queria um táxi”.