Viralizou nas redes sociais o vídeo institucional publicado no perfil oficial da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS) no Instagram para homenagear os quatro policiais militares e civis do Rio de Janeiro (RJ) mortos no confronto com integrantes do Comando Vermelho (CV) em uma operação desencadeada ao longo da terça-feira (28).
A investida entrou para a história do País por ser a mais letal, com saldo de 119 mortos, segundo o último balanço divulgado pelo Governo do Rio de Janeiro. Em umas imagens mais emblemáticas, mais de 50 corpos foram enfileirados em plena rua para serem reconhecidos pelos familiares e encaminhadas para a perícia.
Na mensagem, a PMMS diz que se une em solidariedade às famílias dos policiais militares e civis do Rio de Janeiro mortos e feridos em combate. A publicação classifica os quatro como “heróis que honraram o compromisso de proteger a sociedade, mesmo diante do maior dos riscos”.
O texto finaliza desejando que o “exemplo de coragem e dedicação inspire todos nós a seguir firmes na missão de servir e proteger”. O vídeo mostra os militares sul-mato-grossenses prestando reconhecimento aos policiais mortos, ficando na posição de sentido e apresentando armas, além de ecoar a sirene das viaturas.
“Em respeito e solidariedade às famílias dos policiais militares e policiais civis tombados, bem como à saúde dos policiais militares e civis feridos na operação policial na cidade do Rio de Janeiro”, justifica no vídeo o Coronel Emerson de Almeida Vicente, comandante do Comando de Policiamento Metropolitano (CPM).
A publicação recebeu dezenas de curtidas, compartilhamentos e comentários: “Minha continência aos irmãos e as famílias das PMRJ e PCRJ”, escreveu um seguidor. “máximo respeito, homenagem sensacional 👏👏👏”, disse outro. “Nossos heróis 👏👏👏”, acrescentou uma terceira pessoa.
A operação
A operação contou com um efetivo de 2,5 mil policiais e é a maior realizada no estado do Rio de Janeiro nos últimos 15 anos. Os confrontos e ações de retaliação de criminosos geraram pânico em toda a cidade, com intenso tiroteiro, fechando as principais vias, escolas, comércios e postos de saúde.
No total, foram 119 mortos, dos quais 115 eram civis suspeitos de integrarem facção organizada e quatro policiais. Também houve 113 prisões, sendo que 33 eram pessoas de outros estados que atuavam no Rio de Janeiro. Além disso, 10 adolescentes foram encaminhados para unidades socioeducativas.
O objetivo da operação era conter o avanço do Comando Vermelho e cumprir 180 mandados de busca e apreensão e 100 mandados de prisão, sendo 30 expedidos pelo estado do Pará, parceiro na operação. Foram apreendidas 118 armas, sendo 91 fuzis. A polícia contabiliza ainda a droga apreendida e estima que sejam toneladas.
A operação foi amplamente criticada por especialistas, moradores, organizações nacionais e internacionais. Ativistas denunciaram que a ação foi um “massacre”, enquanto especialistas em segurança pública ouvidos pela Agência Brasil apontaram a exposição da população aos tiroteios.











