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Familiares e amigos protestam contra desaparecimento de Kauan

Publicado em 25/07/2017 19h30

Familiares e amigos protestam contra desaparecimento de Kauan

Grupo caminhão da região sul da capital – onde fica a casa do garoto – até a praça Ary Coelho, no Centro. Faixas e cartazes foram usados na manifestação.

G1 MS

Amigos e familiares do garoto Kauan Andrade Soares do Santos, de 9 anos, desaparecido há um mês, fizeram uma caminhada nesta terça-feira (25) em forma de protesto ao sumiço do menino, apesar de desconsiderar a possibilidade de encontrá-lo vivo.

Eles saíram da região sul da capital – onde fica a casa do garoto – até a praça Ary Coelho, no Centro, percorrendo uma distância de 14 quilômetros.

Os manifestantes usaram faixas e cartazes para mostrar indignação pelo desaparecimento e tristeza pela suspeita da polícia de que o garoto teria sido abusado e morto.

Muitas mães que moram no mesmo bairro do menino Kauan participaram do protesto. Elas dizem que, agora, já não se sentem tão seguras para deixar os filhos brincarem na rua.

A polícia e os bombeiros seguem à procura de pistas. Agora, mudaram a estratégia. Uma equipe começou a fazer varredura nas margens do rio Anhanduí. O serviço não tem data para terminar.

Entenda o caso

Kauan desapareu após sair para brincar no dia 25 de junho. Segundo a tia, a família recebeu várias informações sobre possíveis localizações do menino, mas, nenhuma se concretizou. Um homem foi preso por suposto envolvimento no desaparecimento.

O suspeito vai responder pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, estupro de vulnerável e exploração sexual. De acordo com a polícia, o suspeito teria feito, pelo menos, outras duas vítimas. A polícia encontrou material pornográfico e indícios de homicídio na casa do homem preso.

Um adolescente de 14 anos, que contou detalhes da morte de Kauan foi apreendido no domingo (23). Até o momento, de acordo com a delegada, a investigação aponta que o adolescente estava no local do crime.

“Ainda não se sabe até onde ele participou, porém a suspeita é que ele ajudou a ocultar o corpo. Já o maior possivelmente realizou os abusos e executou a vítima. Vamos aguardar os laudos periciais e o depoimento do adulto, que ocorrerá nos próximos dias”, explicou a delegada.

Durante declarações, o adolescente narrou a brutalidade do crime, que chocou os policiais que atuam na investigação. Conforme Sinotti, a vítima sofreu hemorragias e desmaiou. Foi neste momento em que os envolvidos programaram o descarte do corpo no Rio Anhanduí, altura da avenida Thirson de Almeida.

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