14/03/2016 11h30
Dupla toca de graça em feiras e quer sucesso com composições próprias
Carlos Augusto e Menezes divulgam CD nas feiras de Campo Grande
“Confiou na gente”, diz Menezes sobre feirante que ‘adotou’ a dupla
G1/MS
Os amigos de infância, Carlos Augusto, de 26 anos, e Anizio Menezes, de 25 anos, apostam nas feiras de Campo Grande para divulgação do trabalho deles como cantores e compositores. Eles tocam sem cobrar cachê e sem couvert. Os sertanejos foram ‘adotados’ por um comerciante e sonham em ver a música deles na boca do povo.
A dupla Carlos Augusto & Menezes foi formada há um ano e meio e há um mês eles percorrem as feiras dos bairros Carioca, Petrópolis, Nova Bahia e Piratinginga.
Menezes contou ao G1 que a ideia de tocar de graça nas feiras surgiu quando o CD de músicas autorais ficou pronto. A dupla precisava divulgar o trabalho e considerou as feiras um meio de ficar mais próximo das pessoas.
“Nas feiras o pessoal presta mais atenção na gente, observa o nosso trabalho e dá mais valor”, explica Menezes.
O sonho dos rapazes é conquistar todos os públicos e ver as músicas compostas por eles sendo pedidas nas rádios. “Não tem preço chegar em um lugar e as pessoas cantarem junto com a gente [dupla]”.
Parceria com feirante
Menezes trabalha como vendedor e Carlos está desempregado. Eles contam com a parceria do dono de uma barraca de pasteis e espetinhos para terem ponto um pouco de infraestrutura para tocar.
“Tentamos com vários barraqueiros e nenhum queria, até que conhecemos um bem gente fina que confiou na gente, adotou a dupla e o movimento da banca dele dobrou, lota”, fala Menezes, acrescentando que ganham a janta do feirante.
O ‘padrinho’ da dupla é o senhor José Oliveira. Para ele, os meninos deixam o ambiente mais alegre e as vendas aumentaram,.” Estamos todos contentes e satisfeitos, as vendas melhoraram e o pessoal gosta muito”, comemora o feirante.
CD
Enquanto eles cantam, amigos oferecem o CD com 12 composições próprias deles, que é vendido a R$ 10.
O CD foi produzido com empréstimo do pai de Menezes e de um amigo. Foram cinco meses de preparação para o trabalho. “O Rafael [amigo] nos ajudou e depois nem cobrou o dinheiro, nos deu muita força”, conclui Menezes.

