31.8 C
Campo Grande
sábado, 2 de agosto, 2025
spot_img

Região norte já tem sete pontos de invasão e PM teme conflitos

14/03/2016 16h30

Região norte já tem sete pontos de invasão e PM teme conflitos

Ddos News

O clima continua tenso nas áreas particulares invadidas por indígenas às margens da Perimetral Norte em Dourados propriedades rurais próximas a MS-156, entre o município e Itaporã. De acordo com informações da Polícia Militar, no segundo ponto há denúncias de uso de arma de fogo nos conflitos por terra e o primeiro já conta com sete áreas rodeadas por indígenas que tem usado de violência contra produtores rurais.

“Os indígenas estão violentos, ameaçam os produtores, invadem residências colocando os produtores para fora de casa, situação que é mais tensa na área do norte, porém há relatos de uso de arma de fogo na propriedade próxima a MS-156 o que é investigado pela PF, a condição é preocupante”, explica o comandante da PM, tenente-coronel Carlos Silva.

Diante da situação, uma equipe da Polícia Federal esteve em averiguações nas áreas com acompanhamento da Polícia Militar neste domingo (13). Conforme explica Carlos Silva, comandante da PM, o órgão já levou indígenas para depor e também ouvirá fazendeiros para as próximas ações.

“A PF visitou os pontos e nós acompanhamos, cinco indígenas foram levados para serem ouvidos ainda ontem e os proprietários dos locais também serão, a partir daí as ações serão traçadas pela PF”, conta.

O comandante da PM relata ainda que policiais foram ameaçados diretamente pelos indígenas que “partiram para cima” com facões e paus durante visita dos mesmos nos locais e que por pouco não houve confronto.

“Na sexta-feira fomos nos pontos e eles vieram para nosso lado armados e só não houve confronto porque nos posicionamos em defesa e eles desistiram”, conta.

Quanto a afirmação de uso de armas de fogo, há relatos dos dois lados dessa questão, o que inclusive teria resultado em um indígena baleado no sábado (12), mas segundo ele, isso não foi comprovado até o momento e está em análise da PF.

“Índios dizem que que fazendeiros tem usado armas e vice-versa, mas a PF está a cargo disso. Quanto ao fato do índio que teria sido baleado no sábado, parece que o ferimento na verdade não provem de arma de fogo mas, isso será confirmado ou não pela perícia”, comenta.

Em relação ao “estouro” de conflitos por terras, o comandante afirmou que o que teria motivado a situação ainda é desconhecido. Ele cita sobre a preocupação da situação tomar maior proporção já que é notável que indígenas de outras regiões estão vindo em apoio aos atos.

“Esse fato ter tomado amplitude agora não dá para se saber os motivos, mas está preocupante e tem tido a adesão de índios de outras áreas e há temor com isso”, comenta.

A Polícia Militar e a Polícia Federal continuarão a monitorar os locais.

PM foi até o local para manter a ordem; clima era tenso no final da tarde - Foto: Osvaldo Duarte

Fale com a Redação